A última atualização do Painel de Monitoramento de Arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), feita nessa segunda-feira (8), apontou que Juiz de Fora registrou, na última semana, 485 novos casos confirmados de dengue. Com os novos dados, a cidade passa a ter 3.612 contaminações e 5.178 casos prováveis. Embora novos casos continuem aparecendo, o gráfico do Estado mostra uma tendência de queda no número semanal de casos prováveis pela terceira semana seguida.
O pico de casos em Juiz de Fora foi registrado em fevereiro, quando o município chegou a contabilizar 1.180 novos casos prováveis. Vale ressaltar que casos prováveis se referem a todos os casos notificados, com exceção dos que já foram descartados.
Ao longo da última semana, o total de óbitos em investigação e confirmados se mantiveram os mesmos, ou seja, dez e um, respectivamente.
Em relação à chikungunya, a SES-MG aponta 24 casos prováveis e 18 confirmados em Juiz de Fora. Não houve notificações e confirmações para zika na cidade.
Procurada, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Juiz de Fora, informou que a queda de notificações é esperada devido a influência de diversos fatores, como a intensificação de ações de mobilização social, a conscientização da população, o movimento feito nas escolas, o maior controle vetorial, o aumento do uso de repelente, a mudança de temperatura devido à chegada do outono e a intensificação de todas as medidas de controle.
O posicionamento é que a SRS, desde dezembro, está acompanhando o cenário dos municípios, fazendo visitas técnicas e disponibilizando equipamentos para o controle vetorial, como bombas costais e inseticidas, além de realizar capacitações de agentes municipais de endemias e incentivar o fortalecimento dos comitês municipais de arboviroses. Além disso, a informação é que foram realizadas oficinas de manejo clínico em todo o território.
Brasil bate recorde de mortes pela doença
O cenário da dengue no país continua preocupante. Nessa segunda-feira, o Brasil atingiu a maior quantidade de mortes confirmadas por dengue no país ao longo de um ano desde o início da série histórica, em 2000. De acordo com a última atualização do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, são 1.116 óbitos pela doença nas 13 primeiras semanas de 2024. O número supera as 1.079 vítimas registradas ao longo de todo o ano passado, que detinha o recorde anterior. Porém, esse número tende a ser ainda maior. Segundo a pasta, 1.807 mortes ainda estão em investigação.
Em relação ao número de casos, 2024 já havia superado os anos anteriores ao final da 11ª semana. Até o momento, mais de 2,9 milhões de casos prováveis da doença foram registrados pelo Ministério da Saúde – o recorde anterior era de 1,6 milhão, em 2015.
Segundo o Ministério da Saúde, nas últimas semanas a dengue tem mostrado sinais de arrefecimento na maior parte do país. O comunicado emitido pela pasta no início de abril informa que 20 unidades federativas apresentam tendência de estabilidade ou queda no número de casos da doença. No entanto, o cenário segue sendo de alerta, segundo a pasta. Ou seja, não é hora de baixar a guarda no combate e na proteção contra o Aedes Aegypti, mosquito transmissor da doença.
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