Um muro de contenção paralelo ao córrego que corta a sede da Igreja do Brasil, no Bairro Mariano Procópio, cedeu após as fortes chuvas que caíram em Juiz de Fora na última quinta, e causou grandes estrados no local. O prédio, antigo Mariano Hall, ficou tomado por lama e praticamente destruído.
Durante a tempestade, a Igreja do Brasil (Avenida Brasil 6.955) foi inundada, já que o muro não aguentou a pressão da água. No local, foi contabilizada a perda de instrumentos, cadeiras, equipamentos e de toda a parte da ONG social da Igreja, que ficava próxima ao local por onde passa o córrego, impedindo até mesmo a continuidade das atividades no espaço. De acordo com William Hudson, conhecido como Pastor Bill, a Igreja aguarda que a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) resolva a questão do terreno e do muro. A Tribuna entrou em contanto com a Prefeitura, solicitando um posicionamento do Poder Público, e aguarda retorno.
Ele explica que o local é afetado pelas chuvas há anos, e que o muro de contenção ajudava a conter a passagem da água vinda do córrego – mas devido à intensidade da tempestade, não foi possível conter a pressão da água e o muro cedeu. Na área em que esse muro ficava, próximo de onde funciona a ONG da Igreja, eles faziam trabalhos sociais, de esportes, como jiu-jítsu, com a comunidade do Rato. No momento, afirma, não será possível dar continuidade a essas ações. “No atual momento, estamos à mercê de qualquer chuva, porque o córrego vai subir e não temos mais o muro para conter. Qualquer elevação vai nos prejudicar, e por isso precisamos que a Prefeitura aja com urgência. Todo trabalho que estamos tendo de limpeza na primeira chuva pode ser jogado fora”, explica.
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Quando o muro cedeu e parte do terreno também, parte do chão da Igreja foi comprometida, e por isso será preciso uma reforma na área. Conforme o pastor explica, recentemente foi realizada uma obra na quadra de society da Igreja, que é alugada para levantar recursos, e isso ficou no valor de R$ 80 mil reais. Para que a Igreja volte a funcionar, eles estão arrecadando fundos a partir de doações no Pix da Igreja, usando um vídeo divulgado nas redes sociais, e também contaram com a ajuda de fiéis e de outras igrejas da cidade.
A expectativa, para ele, é de que mesmo com os danos, ao menos os cultos voltem a acontecer o quanto antes. “Já passaram mais de 300 pessoas ajudando, e estamos trabalhando para deixar a Igreja apta para funcionar domingo no culto”, espera.