Após um dia de buscas pelas vítimas de um atropelamento por trem, na via férrea da Avenida Rivelle, que corta o Bairro de Lourdes, na região Sudeste de Juiz de Fora, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) informou, na manhã desta quinta-feira (4), que as buscas não serão retomadas caso não surjam novos indícios sobre o acidente.
A decisão, segundo os bombeiros, acontece diante da falta de materialidades que corroborem para a necessidade das buscas, em vista que não houve registro de pessoas desaparecidas junto à Polícia Militar (PM). Um casal, que teria por volta de 40 anos, chegou a ser observado discutindo nas proximidades do local, antes do fato ocorrer, de acordo com a PM.
Segundo o Registro de Eventos de Defesa Social (Reds) confeccionado pela PM, o maquinista e seu auxiliar relataram terem avistado duas pessoas, distantes a cerca de 30 metros uma da outra. Na eminência de um possível acidente, caso elas permanecessem ali, foram acionadas as sinalizações sonoras e visuais.
No entanto, de acordo com o maquinista, dois barulhos foram ouvidos, similares ao de uma colisão por pancada, mas não foram encontrados sinais das pessoas pelo entorno. Segundo os militares, a suspeita era de que a mulher tivesse caído no Rio Paraibuna após o impacto com o trem. Já o homem, que a acompanhava, teria sido visto perambulando logo após o acidente, a pé e no sentido ao Bairro Vila Ideal. No entanto, ele também não foi encontrado. A perícia técnica não compareceu no local.
O CBMMG e a PM chegaram a ir até a suposta residência das vítimas, mas a casa estava fechada. Ainda durante as diligências do caso, foi descoberto que o homem – uma das supostas vítimas -, teria passagem referente à Lei Maria da Penha. Na data, a Polícia chegou a atender uma ocorrência neste sentido e no mesmo lugar onde os dois morariam. Os vizinhos do casal não souberam informar o paradeiro da dupla e as buscas foram interrompidas “até que fatos novos e relevantes motivem o retorno”, conforme informou o Corpo de Bombeiros.