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Uso de máscara passa a ser facultativo em vários locais fechados de JF

Prefeitura desobriga usa de máscara em escolas públicas e privadas de JUiz de Fora

Uso de máscara deixa de ser obrigatório nas instituições de ensino de Juiz de Fora

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A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) liberou o uso de máscara em grande parte dos locais fechados na cidade. O uso só será exigido em salas de aula (exceto nas aulas de educação física), estabelecimentos de saúde e no transporte público, escolar, por aplicativo, táxis e similares. A informação consta em uma nota técnica divulgada nesta segunda-feira (4) no portal do programa de retomada das atividades, “Juiz de Fora viva – Cidade em movimento” e dá andamento à flexibilização das medidas restritivas contra a Covid-19 no município. Desde 7 de março o uso de máscaras em locais abertos está liberado em Juiz de Fora. O novo avanço, de acordo com a PJF, se dá devido ao sucesso da vacinação, que já alcançou 97,24% da população com a primeira dose e 88,33% com a segunda. A dose de reforço foi aplicada em 49,98% dos juiz-foranos.
Apesar da liberação, a nota técnica recomenda a utilização da máscara, em qualquer ambiente, por pessoas sintomáticas ou potencialmente em contato com transmissores; com sintomas de resfriado e gripe; por profissionais de saúde, atendimento ao público e indivíduos não vacinados contra a Covid-19 ou que receberam imunização incompleta (menos de três doses) e imunossuprimidos.

Dose de reforço
No dia 12 de março, o Governo de Minas Gerais autorizou que municípios que tenham atingido 80% da população vacinada com as duas doses e 70% de vacinados com a dose de reforço liberassem o uso de máscaras também em ambientes fechados. Na ocasião, Juiz de Fora descartou a possibilidade, uma vez que o índice de vacinação com a terceira dose na cidade estava abaixo de 50%.
Atualmente a realidade ainda é a mesma, com apenas 49,98% dos juiz-foranos com a dose de reforço. A Tribuna questionou a PJF acerca da mudança de postura e, em nota, a Administração afirmou que a decisão foi tomada considerando a “tendência de evolução positiva do cenário”, que engloba a queda no número de casos da Covid-19, o avanço na vacinação completa e a ampliação da dose de reforço no município, chegando a quase 50% da população total.

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Especialistas aprovam flexibilização do uso de máscara

De acordo com o médico pneumologista Henrique Binato, a liberação do uso de máscara acompanha diretamente os indicadores epidemiológicos, que, para ele, são favoráveis neste momento. “A liberação em locais abertos é válida desde que aquelas pessoas que estejam com algum sintoma respiratório, ou não estejam completamente imunizadas, mantenham o uso de máscara. Isso porque essas pessoas estão potencialmente transmitindo ou têm um risco maior de adoecimento em caso de contaminação.”
Binato afirma também que em locais como salas de aula e no transporte público o uso do equipamento de proteção ainda é necessário, visto que são lugares de grande fluxo de pessoas e com pouca circulação de ar. Ele reforça que a medida não precisa ter caráter definitivo. “Caso ocorra a comprovação de um aumento do número de casos, internações, mortes, essas medidas podem e devem retroceder.”
O pneumologista Marcos Moura concorda que a diminuição dos casos de Covid-19 é um incentivador para que esse tipo de flexibilização aconteça. “Acho que é muito saudável essa flexibilização para nos aproximarmos cada vez mais da normalidade, visto que o uso de máscara feito da maneira incorreta perde o seu sentido. É importante dizer também que a nota técnica não expressa um caráter proibitivo do uso de máscara. Quem se sentir mais seguro com ela, deve continuar usando.”
Para Moura é de extrema importância lembrar que tal flexibilização só é possível devido resultado positivo obtido com a vacinação. “Países que pararam de vacinar ou vacinaram apenas com uma dose, depois de seis meses, estão se vendo de frente com um novo aumento de casos de Covid-19. A gente não sabe ainda por quanto tempo que a vacina é eficaz, ou quando será o próximo reforço. Grupos específicos com imunidade debilitada têm que valorizar a vacinação e os cuidados de higiene. Que esse seja um legado positivo dessa pandemia, a limpeza das mãos, das superfícies, que vão evitar até mesmo que outras patologias apareçam.”

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