A mulher de 58 anos que estava internada desde 9 de setembro, após ser atropelada durante o evento do Torneio Leiteiro das Campeãs, morreu na madrugada desta terça-feira (3), quase dois meses após a tragédia no Torneio Leiteiro, que vitimou 12 pessoas no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. O estado dela era considerado grave desde o episódio. A informação foi confirmada pela Secretaria de Saúde de Juiz de Fora.
Por meio de nota oficial, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) manifestou pesar pelo falecimento de Elear Maria Faião e afirmou que “Elear é nova vítima do comportamento transtornado de um motorista, cujas atitudes inconsequentes e irresponsáveis afetam a vida de mais uma família.”
A PJF também afirmou que “vem acompanhando os familiares da vítima, oferecendo apoio material e psicológico, como o faz desde o dia da tragédia.”
Tragédia no Torneio Leiteiro
Ao todo, três pessoas morreram e outras nove ficaram feridas na ocasião, quando um homem, de 24 anos, avançou com o veículo em direção à multidão que aproveitava o evento. As vítimas são seis homens, com idades entre 24 e 43 anos, e cinco mulheres, com idades entre 18 e 58 anos, além de uma criança de 3 anos.
A mulher que a carregava a criança no colo não resistiu e morreu no local. Já a criança chegou a ser encaminhada para a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, com quadro de traumatismo cranioencefálico grave, mas morreu no dia 11 de setembro.
Motorista deve ser responsabilizado
De acordo com a Polícia Civil, que investiga o caso, o motorista teria usado o carro como instrumento de violência, após se envolver em supostas brigas durante a festa. O jovem, que também se encontra em estado grave no Hospital de Pronto Socorro Dr. Mozart Teixeira (HPS), passou pela entrada do evento dirigindo em alta velocidade. Mesmo após já ter atingido algumas pessoas, realizou o retorno e deu continuidade na série de atropelamentos.
A polícia descartou a hipótese de acidente ou falha mecânica como motivação para a tragédia. O motorista irá responder por homicídio doloso, quando se assume o risco de matar, assim que receber alta no hospital, lugar em que se encontra internado após ser linchado na ocasião.