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Com dois meses de atraso, Fica Vivo deve começar este mês em JF

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O programa Fica Vivo, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), que deveria ter sido implantado em janeiro em Juiz de Fora, deve começar a funcionar este mês no município. A data para o início das atividades ainda não foi divulgada, mas a pasta afirmou que o pessoal contratado para atuar no projeto já está em treinamento. Desde maio do ano passado, quando foi anunciado pelo secretário de Estado de Segurança Pública, Sérgio Barboza Menezes, a população local aguarda o começo do programa estadual. Voltada para jovens com idades entre 12 e 24 anos, a iniciativa objetiva a prevenção social à criminalidade, visando a reduzir os assassinatos por meio de ações em áreas vulneráveis.

A expectativa do próprio secretário era que o programa fosse implantado ainda no segundo semestre de 2017. A informação foi dada naquela época, quando ele visitou a cidade para se encontrar com autoridades ligadas à segurança pública e prefeitos da Zona da Mata. Na ocasião, foram debatidas propostas para melhor enfrentamento da violência. Contudo, a inauguração ficou prevista para janeiro deste ano, na Vila Olavo Costa, na Zona Sudeste, o que não aconteceu.

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Segundo a Sesp, a política de prevenção à criminalidade do Estado é desenvolvida em parceria com uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). O processo de 2017, finalizado em julho, acabou sendo judicializado, porque quem perdeu entrou com recurso. A decisão de retomada da parceria – que acarretava em contratação de pessoal, por exemplo – saiu em dezembro.

Demanda antiga

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O Fica Vivo é um pleito antigo do município, que viu multiplicar o número de homicídios nos últimos seis anos. A implantação do programa na Vila Olavo Costa é emblemática, uma vez que o bairro foi recordista em homicídios no ano passado. Das 137 mortes violentas contabilizadas pela Tribuna, em 2017, 11 ocorreram no bairro, sendo quatro na Rua da Esperança e três na Hortogamini dos Reis, situada bem próxima. Quando se somam os quatro assassinatos registrados no Furtado de Menezes e na Vila Ideal, interligados espacialmente à Olavo Costa, os óbitos chegam a 14, ou a quase 10% do total, como mostrou a série “Vidas Perdidas – um raio X dos homicídios em JF”, publicada pela Tribuna, no início deste ano.

O programa tem a proposta de envolver seu público alvo em oficinas de cultura, lazer e esportes, enquanto ocorrem atividades paralelas de policiamento comunitário e intervenções policiais estratégicas, com ações também do Ministério Público e do Judiciário. A iniciativa ainda articula com os serviços públicos para encaminhamentos de adolescentes e jovens.

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