Jovem é morto após ser confundido com integrante de facção criminosa

Henrique Marques de Jesus, de 16 anos, em Jericoacoara, que teria sido confundido com um membro de uma facção criminosa


Por Roberta Jansen, Agência Estado

23/12/2024 às 17h41

A Polícia Civil do Ceará apreendeu na manhã desta segunda-feira (23), um jovem suspeito de participar do assassinato de Henrique Marques de Jesus, de 16 anos, em Jericoacoara, que teria sido confundido com um membro de uma facção criminosa. O acusado, também de 16 anos, que já responde por tráfico de drogas e receptação, confessou a participação no crime, segundo a polícia.

Também foi cumprido um mandado de prisão preventiva por homicídio contra um homem, de 36 anos, que já se encontra preso no Maranhão, apontado como o mandante do crime. A polícia não divulgou o nome dele, mas informou que tem “extensa ficha criminal” por homicídio, tráfico e crime contra a administração pública. Ele seria o chefe do Comando Vermelho em Jericoacoara.

“A motivação do crime seria pelo fato de o grupo ter confundido o adolescente como integrante de um grupo criminoso rival de origem paulista (PCC)”, informou a secretaria em comunicado à imprensa.

Henrique desapareceu na madrugada de terça-feira (17), durante viagem de férias com o pai, Danilo Martins de Jesus, ao litoral do Ceará. Uma câmera de segurança registrou o momento em que o jovem foi rendido por oito pessoas e levado à força. A Secretaria de Segurança informou que todas as pessoas que aparecem no vídeo foram identificadas e “a expectativa é de que todos estejam presos até o fim desta semana”.

Segundo a Perícia Forense, Henrique foi espancado até a morte e teve seu corpo jogado perto da Lagoa Negra, um local afastado do centro da vila e com pouco movimento à noite. O corpo foi encontrado na manhã do dia seguinte.

Na véspera, Henrique havia postado em suas redes sociais fotos fazendo o número três com as mãos – gesto considerado uma referência a uma facção criminosa do Ceará ligada ao PCC. O pai de Henrique contou à polícia que o filho não sabia o significado do gesto no Ceará e que, em São Paulo, seria comum fazer fotos assim.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.