Implosão ‘catastrófica’ destruiu submarino que visitava Titanic e matou as 5 pessoas a bordo

Segundo a Guarda Costeira americana, o Titan implodiu em virtude da “catástrófica perda de pressão interna na cabine”


Por Por Redação O Estado de S. Paulo

22/06/2023 às 18h48

Após quatro dias de drama e incertezas, a busca chegou ao fim. As cinco pessoas que embarcaram no submersível Titan em uma viagem turística para visitar os destroços do Titanic foram declaradas mortas nesta quinta-feira (22), depois que equipes de busca encontraram partes do submarino a 500 metros da proa do Titanic, que jaz no leito do Oceano Atlântico a uma profundidade de 3.800 metros desde 1912.

Segundo a Guarda Costeira americana, o Titan implodiu em virtude da “catástrófica perda de pressão interna na cabine”. O submersível perdeu contato com o comando remoto em terra que o guiava na expedição rumo ao Titanic no domingo.

Morreram os bilionários Hamish Harding, presidente da empresa de jatos particulares Action Aviation e Shahzada Dawood, paquistanês vice-presidente do conglomerado Engro, além de seu filho Suleman, todos passageiros da expedição.

A tripulação composta pelo mergulhador francês Paul-Henry Nargeolet, e Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions são as outras vítimas. Os passageiros pagaram US$ 250 mil cada um (R$ 1,2 milhão) pela expedição.

“Os destroços são consistentes com uma implosão catastrófica da embarcação”, disse o almirante John Mauger, porta-voz da Guarda Costeira americana em entrevista coletiva na quinta-feira.

De acordo com o New York Times, o cenário mais provável é que a explosão tenha ocorrido no domingo, durante a descida da Titan rumo ao Titanic. O barulho provocado pela implosão teria sido facilmente detectado pelas boias de sonares, colocadas no Oceano na segunda-feira, quando começaram as buscas.

Assim, os sons detectados entre terça e quarta-feira por equipamentos das equipes de busca, sempre de acordo com as autoridades locais, não teriam elo com a implosão da Titan

“Sei que há muitas perguntas sobre como, por que e quando isso aconteceu”, disse o almirante Mauger, acrescentando que as autoridades têm as mesmas perguntas. “Esse será, tenho certeza, o foco da revisão futura. No momento, estamos focados em documentar a cena.”

Questionado sobre as perspectivas de recuperação dos corpos das vítimas, o almirante Mauger disse não ter uma resposta. “Este é um ambiente incrivelmente implacável lá no fundo do mar”, disse ele.

Corrida contra o tempo

Para os socorristas, no entanto, a busca pelo Titan sempre foi uma corrida contra o tempo. Quando o submersível, uma embarcação de 22 pés de comprimento de propriedade da OceanGate, perdeu contato com um navio fretado na manhã de domingo, já estava na metade do caminho para o naufrágio do Titanic, e acredita-se que estava equipado com apenas quatro dias de oxigênio.

Mesmo quando as chances de sobrevivência pareciam diminuir, os socorristas disseram que tinham esperança de que o Titã ainda pudesse estar intacto em algum lugar, com cinco pessoas vivas dentro – esperanças que foram frustradas na quinta-feira.

A Guarda Costeira e a OceanGate lamentaram a morte da tripulação e dos passageiros. “Em nome da Guarda Costeira dos Estados Unidos e de todo o comando unificado, ofereço minhas mais profundas condolências às famílias”, afirmou o almirante Mauger

“Estamos de luto pela morte da tripulação e dos passageiros”, disse a OceanGate, empresa dona da embarcação, em nota.

 

 

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