Falar em São Paulo Futebol Clube é falar em Copa Libertadores da América. As duas coisas estão associadas. Essas conquistas levaram o tricolor do Morumbi a ser três vezes campeão mundial, feito inédito entre clubes brasileiros. Mas hoje o assunto é Libertadores.
O clube do Morumbi ganhou sua primeira Taça Libertadores da América no ano de 1992 ao derrotar a equipe argentina do Newell’s Old Boys. No encontro de ida, a vitória foi argentina por 1 a 0, e na partida de volta em casa, o São Paulo também ganhou pelo mesmo placar. A equipe treinada pelo experiente Telê Santana precisou então decidir a questão nos pênaltis, onde acabou ganhando por 3×2.
A equipe paulista possuía um grande esquadrão, com jogadores como Zetti, Pintado, Cafu, Raí, Muller, Antônio Carlos e outros craques. Mais de 105 mil torcedores são-paulinos estavam presentes no Morumbi para comemorar a sua primeira Copa Libertadores.
A alegria dos são-paulinos não acabou com essa conquista de 92: já no ano seguinte, em 1993, na 34ª edição da Copa Libertadores da América, o tricolor voltou a dar grandes alegrias à sua torcida.
O clube do Morumbi venceu sua segunda copa continental consecutiva quando passou por cima dos chilenos da Universidad Católica na final, por nada menos do que 5×1. Com quase 100.000 torcedores, o estádio do Morumbi vibrou com esse bicampeonato. Essa foi a maior goleada já registrada em uma partida válida pela final dessa competição.
Apesar da derrota sofrida no Chile por 2×0, o São Paulo com uma volumosa vantagem na volta levantou a taça e se sagrou bicampeão da Copa Libertadores da América.
A equipe de Telê Santana tinha mantido boa parte de seu elenco em relação ao ano anterior, e nele tinha craques como Zetti, Cafu, Raí, Pintado, Muller e Toninho Cerezo, além de outros jogadores importantes que estavam muito bem entrosados, inclusive depois de ter vencido o Dream Team do Barcelona na Copa Interclubes no Japão.
Em 1994, o tricolor do Morumbi vinha pronto para realizar o sonho de ser tricampeão consecutivo da competição, mas os argentinos do Vélez Sarsfield não permitiram essa façanha.
Os hermanos ganharam a partida de ida no estádio José Amalfitani em Buenos Aires e acabaram perdendo pelo mesmo placar de 1×0 no Morumbi.
A decisão da competição foi através de cobrança de pênaltis, e a equipe de Buenos Aires acabou ganhando por 5×3, e dessa maneira foi a campeã da competição.
O São Paulo voltou forte para mais uma final de Libertadores em 2005. Era a 46ª edição da competição, e a disputa acabou colocando frente a frente duas equipes brasileiras, o São Paulo e o Atlético Paranaense.
O primeiro encontro se deu no estádio do Beira Rio em Porto Alegre e acabou empatado em 1×1, mas no segundo o tricolor foi para cima e acabou amassando o furacão treinado por Antônio Lopes, impondo uma goleada de 4×0 e, dessa forma, se tornando tricampeão da Copa Libertadores da América.
Nessa época, o treinador são-paulino era Paulo Autuori e contava com uma equipe de qualidade, onde estavam Rogério Ceni, Cicinho, Lugano, Amoroso, Josué, Danilo e outros craques de bola.
Contudo, no ano seguinte de 2006, ainda embalado pelo tricampeonato na Libertadores e a conquista mundial contra o Liverpool, o tricolor do Morumbi não resistiu ao Internacional de Porto Alegre, na altura treinado por Abel Braga. O Colorado acabou de tirar a taça do campeão mundial São Paulo.
A equipe de Abel ganhou por 2×1 no Morumbi e empatou em Porto Alegre por 2×2. Depois de 97 anos de espera, o Internacional de Porto Alegre ganhou sua primeira Copa Libertadores da América. Nem mesmo Muricy Ramalho, comandando uma equipe de craques, como Rogério Ceni, Lugano, Ricardo Oliveira (que não conseguiu disputar a final), entre outros, conseguiu impedir o Internacional de tornar seu sonho realidade.
O tricolor do Morumbi é detentor de um recorde na Libertadores que até hoje não foi superado. É a única equipe brasileira que conseguiu disputar três finais consecutivas dessa competição, 1992, 1993 e 1994. Apesar dos anos recentes de vacas magras, nenhum time brasileiro conseguiu ultrapassar a marca de três títulos. E antes que Flamengo e Palmeiras deixem de ser bi com uma nova conquista, quem sabe o São Paulo não consegue o inédito tetra?