O Dia Mundial sem Carne, celebrado em 20 de março desde 1985, busca conscientizar sobre os impactos do consumo excessivo de carne na saúde e no meio ambiente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda limitar a ingestão de carne vermelha a 300-500g por semana e evitar carnes processadas.
Segundo a nutricionista Priscila Schramm Gonsalez, o consumo excessivo pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, inflamação crônica, resistência à insulina e alguns tipos de câncer, além de afetar a microbiota intestinal e sobrecarregar o fígado e os rins.
Outras opções além de carne
Para reduzir o consumo de carne sem comprometer a nutrição, a diversificação das fontes de proteína é essencial. A seguir, está lista dez fontes de proteínas vegetais e seus benefícios:
- Levedura nutricional: Rica em proteínas e vitaminas do complexo B, incluindo B12 em algumas versões (45-50g de proteína/100g).
- Sementes de abóbora: Excelente fonte de proteína, zinco e magnésio, essenciais para a imunidade (30g/100g).
- Lentilha: Rica em ferro e aminoácidos essenciais, contribuindo para a energia e a recuperação muscular (25g/100g).
- Feijão (preto ou carioca, cru): Versátil e rico em proteínas e fibras, auxilia na digestão (21g/100g).
- Amêndoas: Além da proteína, fornecem gorduras saudáveis e antioxidantes (21g/100g).
- Grão-de-bico: Fonte de proteína e fibras, essencial para a saúde intestinal (19g/100g).
- Sementes de chia: Contêm proteína e ômega-3 vegetal, auxiliando na saciedade e na saúde cardiovascular (16g/100g).
- Quinoa (crua): Um dos poucos vegetais com proteína completa, contendo todos os aminoácidos essenciais (14g/100g).
- Edamame (soja verde cozida): Rica em proteínas e isoflavonas, que auxiliam na regulação hormonal (11g/100g).
- Tofu (firme): Derivado da soja, é uma alternativa leve e versátil para diversas preparações (8g/100g).
Importância da proteína no corpo
As proteínas desempenham funções essenciais no organismo, sendo classificadas em alto ou baixo valor biológico, conforme a presença de aminoácidos essenciais. Elas auxiliam na cicatrização e recuperação pós-cirúrgica, compõem neurotransmissores essenciais ao sistema nervoso e fortalecem o sistema imunológico por meio da produção de anticorpos.
Além disso, são fundamentais para a formação muscular, equilíbrio hormonal e saúde das articulações. Também transportam oxigênio e nutrientes, fornecem energia quando necessário e contribuem para a saúde da pele, cabelo e unhas. Uma alimentação equilibrada, com proteínas de fontes vegetais e animais, promove bem-estar e sustentabilidade.