Com um aporte de 43 milhões de dólares, o Global Flourishing Study busca entender os fatores que realmente influenciam uma vida plena. A pesquisa, conduzida por instituições de prestígio como a Universidade Harvard, o Instituto Gallup, a Universidade Baylor e o Centro para Ciência Aberta, envolve mais de 200 mil participantes em 22 países, incluindo o Brasil.
Diferente de índices tradicionais, como o PIB ou o IDH, que focam em aspectos econômicos, o estudo adota uma visão mais ampla e examina seis pilares fundamentais: saúde física e mental, bem-estar emocional, propósito de vida, vínculos sociais, caráter e segurança financeira. A integração desses fatores resulta em um índice de florescimento humano, proporcionando uma visão mais completa sobre o nível de felicidade e bem-estar das populações ao redor do mundo.
Resultados do florescimento humano
Os primeiros resultados do estudo já revelaram alguns dados inesperados.
- Países de renda média, como Indonésia, Israel e México, estão à frente de países mais ricos, como Suécia, Estados Unidos e Reino Unido, no ranking de florescimento.
- O Brasil ocupa a 15ª posição, atrás da Argentina, que está em 10º lugar.
- A pesquisa revela uma diferença geracional no bem-estar, com jovens entre 18 e 24 anos, especialmente no Brasil, EUA, Suécia e Reino Unido, apresentando os menores índices de florescimento.
- Essa descoberta desafia a teoria da “curva em U” da felicidade, que sugere que a satisfação com a vida diminui na meia-idade e só sobe na velhice.
- Fatores como insegurança financeira e uma crise de propósito podem explicar a queda no bem-estar entre os mais jovens.
Com a pesquisa em andamento, os próximos anos devem revelar novas descobertas significativas. O estudo tem como objetivo não só aprofundar o entendimento sobre o florescimento humano, mas também influenciar a criação de políticas públicas e iniciativas comunitárias que promovam o bem-estar em diferentes contextos.