A produção da primeira vacina totalmente brasileira contra a dengue, fruto de uma parceria entre o Instituto Butantan e a chinesa WuXi Biologics, promete marcar um avanço significativo no combate à doença no Brasil.
Anunciada na segunda-feira (12) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante a visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China, a vacina foi destacada como o maior programa de vacinação pública contra a dengue já realizado no país.
O projeto faz parte do Programa de Desenvolvimento Local e Inovação (PDIL) do Ministério da Saúde, que visa não apenas combater a doença, mas também impulsionar a autonomia brasileira na produção de vacinas.
Vacinas devem ser feitas em parceria
Vale mencionar que o Instituto Butantan, tradicionalmente referência em vacinas no Brasil, foi responsável por desenvolver a tecnologia da vacina, porém, faltava capacidade de produção em larga escala para atender a demanda nacional.
A parceria com a WuXi Biologics foi fundamental para acelerar esse processo e garantir a produção local da vacina, uma vez que o Brasil luta contra surtos periódicos da dengue em várias regiões.
A expectativa é que, com essa colaboração internacional, o Brasil não só possa garantir o atendimento da população local, mas também se tornar um centro produtor de vacinas, com possibilidades de exportação para outros mercados, como a América Latina e África.
Isso ocorre em um momento em que a dependência externa para a produção de insumos farmacêuticos ainda é um grande desafio para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Importância das vacinas no controle de doenças
É importante mencionar que as vacinas desempenham um papel crucial na saúde pública, oferecendo proteção tanto individual quanto coletiva contra doenças infecciosas graves. A vacinação não só impede a disseminação de doenças como sarampo, poliomielite, e agora a dengue, como também contribui significativamente para a erradicação de muitas dessas enfermidades.
A produção nacional da vacina contra a dengue é parte de um esforço contínuo para garantir a segurança sanitária do país. Em tempos de pandemia e com surtos frequentes de doenças como a dengue, a autonomia na produção de vacinas se torna essencial.
Dessa forma, o Brasil dá um passo importante rumo à autossuficiência, aproveitando o potencial de parcerias com países como a China para fortalecer suas capacidades em biotecnologia e saúde pública.