Mais Tendências - Tribuna de Minas
  • Cidade
  • Contato
  • Região
  • Política
  • Economia
  • Esportes
  • Cultura
  • Empregos
Mais Tendências - Tribuna de Minas
Sem resultados
Ver todos os resultados
Mais Tendências - Tribuna de Minas
Sem resultados
Ver todos os resultados
Home Colunas

Um dos maiores filmes do século 20 está disponível na Netflix

Por Leticia Florenço
21/02/2025
Em Colunas, Mais Tendências
0
Era uma Vez no Oeste - Foto: (Imagem/Reprodução)

Era uma Vez no Oeste - Foto: (Imagem/Reprodução)

Share on FacebookShare on Twitter

Sergio Leone, um dos maiores cineastas do século 20, teve sua obra marcada pela forma única de narrar histórias e pela criação de um estilo visual inconfundível.

A beleza brutal das paisagens áridas do Velho Oeste e a maneira como ele transformava esse cenário em palco de tensões e dilemas humanos o tornaram um dos mais influentes cineastas da história. Ele não só inventou um novo tipo de western, o “spaghetti western”, mas também trouxe uma abordagem inovadora ao tempo e ao drama cinematográfico, levando o público a revisitar as complexas interações humanas no campo da ganância, vingança e lealdade.

Você também pode gostar:

Trabalho - Reprodução/Unsplash

Data oficial para mudar regras no trabalho aos domingos e feriados

10/05/2025
José Cruz/Agência Brasil - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Cortes de cabelo para mulheres de 60 anos ou mais para ter cara de jovem

10/05/2025
Sua geladeira vai ficar brilhando com essa dica para tirar manchas - Foto:  Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Sua geladeira vai ficar brilhando com essa dica para tirar manchas

10/05/2025
Por que lagartixas aparecem na sua casa? Veja o que significa - Imagem: Pixabay

Por que lagartixas aparecem na sua casa? Veja o que significa

10/05/2025

A magia do tempo e do espaço em “Era uma Vez no Oeste”

“Era uma Vez no Oeste” (1968) é um exemplo da maestria de Leone na manipulação do tempo dentro de um filme. Ao contrário da rapidez e da ação frenética de muitos filmes de faroeste tradicionais, Leone adota uma cadência mais lenta e meditativa, permitindo que os momentos de tensão se alonguem e que as emoções dos personagens se intensifiquem.

Cada segundo parece ser carregado de significado, e o ritmo do filme, cuidadosamente construído, faz com que o público se sinta imerso na vasta solidão e no calor do deserto, sem pressa de resolver as questões dramáticas, mas confiando na força da narrativa.

O enredo do filme, escrito por Leone, Dario Argento e Sergio Donati, é uma tapeçaria intrincada de vingança e ambição, onde as histórias individuais se entrelaçam de forma surpreendente. No coração dessa jornada está um Oeste selvagem e sem leis, onde a luta pela sobrevivência e pela fortuna transforma cada personagem em um espectador da própria queda.

Toque de mestre de Ennio Morricone

A trilha sonora de “Era uma Vez no Oeste” é outro ponto fundamental para o impacto do filme. Composta por Ennio Morricone, a música se tornou parte da própria essência do western, transcendendo o mero acompanhamento sonoro.

As composições de Morricone criam uma atmosfera densa, onde o silêncio, as notas suaves e os crescendos dramáticos conduzem a narrativa e amplificam cada emoção. O uso do som, combinado com os silêncios, é preciso, como uma ferramenta para gerar tensão e emoção em cada cena. Os célebres temas de Morricone, como o icônico assobio que acompanha a entrada do Homem da Gaita, permanecem até hoje entre os mais emblemáticos da história do cinema.

A força das personagens femininas

No centro de “Era uma Vez no Oeste” está a personagem Jill McBain, interpretada pela talentosa Claudia Cardinale. Embora o papel tenha sido originalmente concebido com menor ênfase, a presença de Jill se tornou crucial para o andamento do enredo e o desenvolvimento da trama.

Ao longo do filme, ela assume um papel central, sendo uma mulher que, embora vitimada pela perda, decide controlar o destino que lhe foi imposto. Sua força silenciosa e presença de resistência desafiam a tradicional posição passiva da mulher no western, fazendo com que ela se torne, de forma inesperada, o epicentro de todo o conflito.

Mesmo que a ideia inicial de Leone não fosse explorar a fundo a figura feminina, a interpretação de Cardinale trouxe uma camada adicional à narrativa, trazendo à tona questões de poder, sobrevivência e justiça, que são moldadas pela dinâmica masculina, mas também por suas próprias escolhas. A interação entre Jill e os homens ao seu redor reflete a luta por controle e justiça em um mundo impiedoso.

Duelos e conflitos de interesses

Além da força feminina, os duelos masculinos também desempenham papel essencial no filme, especialmente o confronto entre os personagens de Charles Bronson e Henry Fonda. Bronson, como o Homem da Gaita, oferece uma performance enigmática e silenciosa, um homem marcado pelo passado e guiado por um senso de justiça particular.

Por outro lado, Fonda encarna Frank, um bandido cruel e sem escrúpulos, cujo caráter frio e implacável se torna o antagonista perfeito para o herói. A construção desse embate culmina no épico duelo final, um momento de grande intensidade e emoção, que não só fecha o filme, mas também coloca em perspectiva a natureza impiedosa do Oeste.

Impacto duradouro

Ao longo das décadas, a obra de Sergio Leone, e em especial “Era uma Vez no Oeste”, foi sendo cada vez mais reconhecida e valorizada. Inicialmente, o filme foi visto como uma obra-prima do gênero, mas com o tempo, sua profundidade e complexidade de temática e estilo foram sendo compreendidas em toda a sua magnitude.

Mesmo após a morte de Leone, seu legado se manteve vivo, e a obra continuou a influenciar cineastas ao redor do mundo, com muitos citando “Era uma Vez no Oeste” como uma das maiores realizações da história do cinema.

Este clássico do cinema é uma oportunidade rara de se mergulhar em uma das maiores criações da história cinematográfica e entender como um filme pode ser uma obra de arte complexa, repleta de camadas e significados que transcendem o tempo.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

Próximo post
Vale a pena comprar carro no leilão? Descobrimos!

Chevrolet brasileira icônica será restaurada

Confira!

Trabalho - Reprodução/Unsplash

Data oficial para mudar regras no trabalho aos domingos e feriados

10/05/2025
José Cruz/Agência Brasil - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Cortes de cabelo para mulheres de 60 anos ou mais para ter cara de jovem

10/05/2025
Sua geladeira vai ficar brilhando com essa dica para tirar manchas - Foto:  Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Sua geladeira vai ficar brilhando com essa dica para tirar manchas

10/05/2025
  • Contato

A Tribuna de Minas não se responsabiliza por este conteúdo e pelas informações sobre os produtos/serviços promovidos nesta publicação. Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade pelo seu conteúdo é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir postagens que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.

Copyright Tribuna de Minas. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo dessa página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a autorização escrita da Tribuna de Minas

Direito de uso Solar Comunicações SA 21.561.725/0001-29

Rua Alameda Pássaros da Polônia, 35. Juiz de Fora / Minas Gerais

Sem resultados
Ver todos os resultados
  • Contato

A Tribuna de Minas não se responsabiliza por este conteúdo e pelas informações sobre os produtos/serviços promovidos nesta publicação. Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade pelo seu conteúdo é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir postagens que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.

Copyright Tribuna de Minas. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo dessa página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a autorização escrita da Tribuna de Minas

Direito de uso Solar Comunicações SA 21.561.725/0001-29

Rua Alameda Pássaros da Polônia, 35. Juiz de Fora / Minas Gerais