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Um continente está se partindo em dois e já tem fenda visível

Por Leticia Florenço
18/05/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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África - Reprodução/Unsplash

África - Reprodução/Unsplash

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A África, um continente rico em história, cultura e biodiversidade, está experimentando uma transformação geológica de grandes proporções.

O fenômeno que está acontecendo, embora lento, é visível: o continente africano está se partindo ao meio, devido a uma complexa interação de forças tectônicas. Este processo geológico pode, a longo prazo, dar origem a um novo oceano, separando o que é atualmente a África em duas grandes porções de terra.

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A fenda do Rift da África Oriental

O coração deste fenômeno geológico está no Sistema do Rift da África Oriental, uma das zonas de rifting mais ativas do mundo. Este sistema se estende por mais de 6.000 quilômetros, atravessando vários países, como Etiópia, Quênia e Moçambique, e está visivelmente alterando a paisagem.

À medida que as placas tectônicas se separam, formam-se vales profundos, montanhas vulcânicas e fissuras que ampliam as evidências dessa separação contínua. Esse processo não é algo que ocorrerá em um futuro distante; ele está acontecendo agora, diante dos nossos olhos.

Papel das Placas Tectônicas: A Interação entre as Forças da Terra

O que causa essa fratura continental é o movimento de três placas tectônicas: a somali, a africana e a arábica. Essas placas estão se separando há mais de 25 milhões de anos, mas foi só recentemente que esse movimento se tornou visível e mensurável.

Cada ano, a separação avança alguns milímetros ou centímetros, o que pode parecer uma quantidade pequena, mas é o suficiente para, ao longo de milhões de anos, formar um novo oceano. A dinâmica entre essas placas tectônicas não é única para a África, mas a visibilidade desse processo aqui é excepcionalmente clara.

Chifre da África

O fenômeno da separação tectônica é mais evidente no Chifre da África, uma região que inclui partes da Somália, Etiópia e Quênia.

Este ponto do continente está gradualmente se afastando do resto da África, e a fenda que se estende do norte de Afar até o sul do Quênia, perto da fronteira com a Tanzânia, é uma das mais visíveis.

Se o processo continuar, o Chifre da África pode se tornar uma enorme ilha, separada por um oceano que ainda não possui um nome, mas que poderá, em um futuro distante, mudar radicalmente as rotas comerciais e os ecossistemas da região.

Impactos no comércio global e ecossistemas regionais

Além de ser um fenômeno geológico fascinante, o desmembramento do Chifre da África pode ter consequências econômicas e ambientais de grande escala. A região onde a fenda está se abrindo é estratégica para o comércio global, estando perto do Canal de Suez, uma das principais rotas comerciais do mundo.

Se o processo de separação acelerar, como alguns cientistas preveem, as rotas comerciais poderiam ser afetadas, o que teria um impacto direto no comércio global e na logística mundial. Além disso, os ecossistemas locais poderiam ser alterados, com possíveis mudanças nas condições climáticas e na biodiversidade da região.

Fenda de 2005

Até o início dos anos 2000, muitos cientistas acreditavam que a separação total do continente levaria milhões de anos. No entanto, em 2005, um evento inesperado alterou essa percepção.

Uma enorme fenda de 60 quilômetros se abriu repentinamente no solo da Etiópia, deslocando o terreno em até dois metros em poucos minutos. Esse evento surpreendeu os cientistas, pois normalmente esse tipo de deslocamento leva centenas ou até milhares de anos para ocorrer.

Agora, há um debate sobre a possibilidade de o processo de separação acelerar, transformando o fenômeno em algo mais imediato do que se imaginava.

Impacto na ciência

Este processo de separação do continente é mais do que uma curiosidade científica ou um evento isolado. Ele oferece uma oportunidade única de estudar a dinâmica da Terra em tempo real. A movimentação das placas tectônicas é uma das forças fundamentais que moldam a geografia do nosso planeta.

Assim como o derretimento das geleiras ou o surgimento de novas formações florestais, a separação da África nos ensina sobre a natureza dinâmica da Terra.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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