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Testemunha mente em depoimento e é condenada pela Justiça

Por Leticia Florenço
06/06/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Tribunal - Reprodução/iStock

Tribunal - Reprodução/iStock

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A integridade e a verdade nos depoimentos são passos fundamentais para o funcionamento do sistema judiciário. Quando uma testemunha mente em juízo, ela não apenas prejudica a verdade dos fatos, mas também compromete toda a confiança da sociedade na Justiça.

Recentemente, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina reforçou essa premissa ao manter a condenação de um homem por falso testemunho, após ele mentir durante um processo penal que investigava uma agressão ocorrida em um camping.

O caso em detalhes

O réu, ao ser ouvido no inquérito policial, relatou ter visto claramente dois homens agredirem a vítima com uma barra de ferro na cabeça. Essa versão inicial indicava um cenário claro da autoria do crime.

No entanto, durante o depoimento formal em juízo, o réu mudou sua versão, negando ter presenciado a agressão e afirmando apenas ter ouvido boatos sobre o caso, sem identificar os autores.

Essa contradição entre o que foi dito no inquérito e o que foi declarado em juízo gerou dúvidas no processo, contribuindo para a absolvição dos acusados. No entanto, a análise do conjunto probatório, que incluía depoimentos de outras testemunhas com relatos consistentes, levou à conclusão de que o réu deliberadamente mentiu para favorecer os acusados.

Consequências jurídicas da falsa testemunha

O crime de falso testemunho está previsto no Código Penal e possui graves implicações, pois fere diretamente a administração da Justiça. No caso em questão, o homem foi condenado a quatro anos, um mês e 23 dias de reclusão em regime fechado, demonstrando a severidade com que o Judiciário trata esse tipo de delito.

A defesa tentou reverter a decisão alegando falta de provas e erros na dosagem da pena, além de questionar a aplicação de uma causa de aumento. Contudo, o recurso foi negado, confirmando a firmeza da sentença original.

Fundamentação da decisão judicial

O desembargador relator, Carlos Alberto Civinski, explicou que o crime de falso testemunho não se configura apenas por contradições superficiais entre declarações, mas pelo dolo consciente de mentir sobre o que a testemunha realmente sabe.

Para ele, essa mentira intencional compromete a função essencial do Judiciário e abala a confiança pública no sistema.

O magistrado destacou que a testemunha tinha plena consciência das consequências de suas falsas declarações, buscando beneficiar terceiros e interferir no resultado do processo penal. Por isso, a decisão de manter a condenação foi unânime.

A importância da verdade no processo penal

Testemunhas têm o dever legal e moral de colaborar com a Justiça com a verdade, pois suas declarações podem determinar a vida de pessoas envolvidas no processo. Mentir em juízo representa não só um crime contra a administração pública, mas também uma grave falta ética que afeta o tecido social.

O caso julgado em Santa Catarina serve como alerta para todos, a Justiça possui mecanismos para identificar e punir a falsidade, reforçando a necessidade de responsabilidade e honestidade em todos os depoimentos.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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