A Shein se consolidou como uma das lojas virtuais preferidas dos brasileiros. A combinação de preços acessíveis, diversidade de produtos e constante atualização de tendências fez com que a plataforma ganhasse enorme popularidade no país.
Roupas, acessórios, itens de decoração e eletrônicos chegam com preços bem abaixo do mercado tradicional, o que atrai milhões de consumidores diariamente.
No entanto, nos últimos meses, surgiram mudanças nas regras de comércio internacional que têm gerado preocupação entre os clientes da marca, especialmente no cenário global.
Shein cancela serviço que ajudava muito nas compras dos brasileiros
Apesar dos rumores que circularam nas redes sociais, as novas medidas não afetam diretamente os consumidores brasileiros — ao menos por enquanto. A primeira mudança foi anunciada nos Estados Unidos.
Pressionado por reclamações de grandes varejistas locais, o governo americano decidiu endurecer as taxas sobre produtos importados, especialmente os vindos da China, onde a Shein mantém seus principais centros de distribuição.
A partir de 2025, os consumidores americanos perderão a isenção de impostos para compras de até 800 dólares. Além disso, foi implementada uma tarifa adicional que pode chegar a 145%, elevando de forma significativa o custo final dos produtos.
Na prática, isso significa que as famosas ofertas de preços baixos da Shein já não serão tão vantajosas para quem compra nos Estados Unidos.
União Europeia também pode mudar regras e afetar clientes da Shein
Esse movimento, no entanto, não é isolado. A União Europeia também discute medidas semelhantes que podem impactar diretamente consumidores em países como França, Alemanha, Espanha e Itália.
Entre as propostas, está a cobrança de uma taxa de manuseio de 2 euros para cada pacote que chega ao território europeu vindo de fora do bloco.
A justificativa dos governos europeus é equilibrar a concorrência com empresas locais, além de aumentar o controle sobre a qualidade e segurança dos produtos importados.
Paralelamente, há planos para eliminar, até 2028, a isenção de impostos sobre compras de até 150 euros, o que tornaria mais caras as aquisições feitas em sites como Shein, Temu e Shopee.
Por enquanto, os consumidores brasileiros continuam livres dessas mudanças e seguem aproveitando os preços competitivos da plataforma.
No entanto, os debates internacionais acendem um sinal de alerta sobre possíveis futuros impactos também no Brasil, já que pressões semelhantes começam a surgir em diversos países, colocando o modelo de negócios das gigantes asiáticas sob crescente escrutínio global.