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Serviço de bordo em voos está chegando ao fim? Azul e Gol reagem

Por Leticia Florenço
07/02/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Salário de um comissário de bordo - Foto (Imagem/Reprodução)

Salário de um comissário de bordo - Foto (Imagem/Reprodução)

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Nos últimos meses, o setor aéreo brasileiro tem vivenciado uma série de mudanças e ajustes devido à crescente pressão dos custos operacionais. As empresas aéreas Azul e Gol, em especial, se adaptaram a um cenário econômico difícil, caracterizado pela alta volatilidade do dólar, aumento nos preços dos combustíveis e a inflação crescente, fatores que impactam diretamente seus resultados financeiros e estratégias.

Em resposta a esse contexto, ambas pretendemos reduzir ou alterar os serviços de bordo oferecidos aos passageiros, uma medida que gerou discussões sobre o futuro do atendimento a bordo e as estratégias de fidelização dos clientes. No entanto, enquanto Azul e Gol tomam esse caminho, a Latam segue uma direção diferente, apostando em inovações para manter a qualidade do serviço e conquistar a lealdade de seus passageiros.

Impacto dos custos e a mudança nas políticas das aéreas

O aumento nos custos de operação, principalmente com o combustível de aviação (QAV), que teve um reajuste de 15,6% em janeiro de 2025, e a inflação dos alimentos, tem sido um dos principais motivadores das mudanças nas políticas das aéreas.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), cerca de 60% dos custos das companhias aéreas no Brasil são dolarizados, o que torna o setor ainda mais vulnerável às flutuações da moeda. Além disso, a locação das aeronaves e os custos com os fornecedores de alimentos e bebidas impactam diretamente no serviço de bordo oferecido.

A Gol foi uma das primeiras a anunciar mudanças na sua política de serviços de bordo, em janeiro de 2025, quando decidiu suspender a oferta gratuita de salgadinhos e bebidas em voos com menos de uma hora de duração. Nesses voos, os passageiros terão apenas a opção de pedir água, caso desejem.

Essa decisão foi tomada após anos de debates internos na companhia, que precisavam compensar a eficácia dessa oferta gratuita em termos de economia e fidelização. A empresa, que atualmente passa por uma restrição acionária, possui novos sócios, como a Avianca, que adotou o modelo “low-cost” durante seu processo de recuperação judicial nos EUA.

Por outro lado, a Azul, em setembro de 2024, fez ajustes semelhantes, suspendendo a política de “lanches” ilimitados durante seus voos. Anteriormente, a empresa oferecia aos passageiros latinhas de Coca-Cola e até sobremesas como Kinder de forma livre. No entanto, com o aumento nos custos de abastecimento, a companhia decidiu limitar a quantidade dos itens disponíveis.

Inicialmente, a medida foi considerada temporária, mas fontes internas indicam que a mudança será permanente. O setor de alimentos e bebidas para aviação, com a inflação crescente, também tem levado as empresas a buscar alternativas mais baratas e eficientes para atender à demanda, como substituir ingredientes importados por opções locais, por exemplo, o uso de frutas tropicais como açaí e cupuaçu.

Investimentos na experiência do cliente

Enquanto Gol e Azul adotam posturas mais austeras e focadas na redução de custos, a Latam segue uma estratégia diferente. A companhia, que passou por um processo de recuperação judicial (Capítulo 11) entre 2020 e 2022, decidiu manter os investimentos em sua experiência de bordo, especialmente em voos de longa distância.

Um exemplo disso é o programa “Sabor à Brasileira”, lançado em agosto de 2024, que oferece pratos contratados por chefs sul-americanos em voos internacionais, destacando a gastronomia local e buscando aprimorar a experiência do cliente.

Além disso, a Latam tem apostado em melhorias constantes no serviço de bordo doméstico, introduzindo novos “lanches” para passageiros da cabine econômica desde outubro de 2023. A companhia enfatiza que sua estratégia continua a focar na qualidade do serviço, especialmente com o objetivo de fidelizar seus passageiros e fortalecer a marca.

Desafios e oportunidades para as companhias aéreas

O setor de aviação, como muitos outros, está sendo desafiado por um contexto econômico global difícil, em que a inflação e os custos elevados não afetam apenas o Brasil, mas diversos mercados ao redor do mundo. A busca por soluções eficientes e sustentáveis ​​é um dos principais pontos de atenção das companhias aéreas, que estão tentando equilibrar a redução de custos sem comprometer a qualidade do serviço oferecido.

Além disso, uma mudança nas políticas de serviço de bordo pode ter impacto direto no Índice de Satisfação do Cliente (NPS), que mede a lealdade dos passageiros. Reduções nos benefícios podem salvar alguns consumidores, especialmente em um mercado altamente competitivo, como o brasileiro, onde as passagens aéreas possuem preços semelhantes e as empresas buscam se diferenciar no atendimento.

A implementação de um modelo “low-cost”, como a adoção pela Gol e em parte pela Azul, pode ser eficaz para algumas rotas, mas também pode comprometer a experiência do cliente, criando um cenário de “dois pesos e duas medidas”, em que as empresas tentam se ajustar sem perder competitividade, mas também sem abdicar completamente dos serviços que encantam seus passageiros.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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