O governo federal anunciou a previsão de que o salário mínimo poderá atingir R$ 1.925 até o ano de 2029, caso as condições econômicas projetadas, especialmente o controle da inflação, se confirmem.
A informação consta no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2026, enviado recentemente ao Congresso Nacional.
Entretanto, é necessário destacar que, para este ano de 2025, o valor do salário mínimo permanece em R$ 1.518, com expectativa de subir para R$ 1.630 já em 2026.
Salário mínimo de R$ 1.925 é autorizado pelo governo
A projeção apresentada integra uma estratégia de valorização do salário mínimo, mas não configura um valor garantido de imediato. Ou seja, não há garantias de que será exatamente essa quantia em 2029.
Isso porque o cenário traçado pelo governo depende de variáveis como a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB).
A meta é preservar o poder de compra da população, mas o que se tem de mais concreto até agora é o reajuste planejado para o próximo ano, em 2026. Esse aumento já considera uma inflação estimada de 4,76%, acrescida de um ganho real de até 2,5%, conforme as novas regras do arcabouço fiscal.
A política atual de cálculo do salário mínimo, retomada em 2023, combina a inflação acumulada com o crescimento econômico de dois anos anteriores, mas sob o novo regime fiscal existe um teto que limita o ganho real acima da inflação.
Assim, embora a projeção de R$ 1.925 seja otimista, ela ainda depende de ajustes futuros e da confirmação de indicadores econômicos que podem variar até lá.
Novo salário mínimo pode impactar aposentadorias e Bolsa Família
Além do impacto direto para trabalhadores que recebem o piso nacional, o aumento no salário mínimo também influencia diversos benefícios sociais. Aposentadorias, pensões, abono salarial, seguro-desemprego e os repasses do programa Bolsa Família são todos atrelados ao valor mínimo vigente.
Cada real adicionado ao salário mínimo representa, segundo estimativas do Ministério do Planejamento, um impacto de aproximadamente R$ 400 milhões nos gastos públicos.
O crescimento dos valores recebidos por aposentados e pensionistas, por exemplo, tende a acompanhar os reajustes do piso, ampliando a cobertura social.
No entanto, o governo também precisará lidar com o desafio de manter o equilíbrio fiscal, uma vez que o aumento das despesas públicas pode pressionar ainda mais o orçamento federal.
Assim, enquanto o horizonte de R$ 1.925 anima, o valor mais próximo de se tornar realidade é o de R$ 1.630 em 2026, que será definido com maior precisão após o fechamento do índice inflacionário no final deste ano.