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Rede famosa de frango frito declara falência e encerra atividades

Por Leticia Florenço
06/06/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Frango frito - Reprodução/Unsplash

Frango frito - Reprodução/Unsplash

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A queda da Sticky’s Finger Joint, uma rede que por mais de uma década se apresentou como sinônimo de frango frito artesanal e sofisticado, traz à tona um debate importante sobre os desafios do setor alimentício contemporâneo.

Essa falência não é apenas o encerramento de uma marca; representa a tensão entre a ambição de crescimento e os limites estruturais e financeiros de um negócio que tentou se consolidar num mercado altamente competitivo.

Expansão rápida

Desde o seu nascimento em 2012, a Sticky’s capturou a atenção de consumidores ávidos por uma experiência gastronômica diferenciada, marcada pela variedade de molhos e qualidade dos ingredientes.

No entanto, o crescimento acelerado, frequentemente visto como sinônimo de sucesso, aqui se transformou numa armadilha. A rede expandiu para mais de vinte locais em poucos anos, mas esse ritmo frenético trouxe problemas de gerenciamento que minaram sua identidade.

O desafio de manter a excelência e a consistência da marca em tantos pontos simultaneamente é grande, e a Sticky’s experimentou justamente essa fragilidade. O que antes era exclusividade virou padronização mal executada, afetando a percepção do cliente e corroendo a fidelidade conquistada.

O peso dos custos em grandes centros urbanos

Administrar um negócio em cidades como Nova York é uma batalha constante contra o aumento dos custos fixos. O aluguel, salários e encargos trabalhistas cresceram exponencialmente, pressionando as finanças. Mesmo com uma base sólida de clientes, o equilíbrio entre receita e despesas tornou-se delicado.

Essa realidade, enfrentada por muitas redes, mostra que nem sempre o sucesso de público basta para garantir a saúde financeira. A Sticky’s, apesar de vender milhões de porções, viu sua margem de lucro encolher, consequência direta da inflação e da pressão constante para manter preços competitivos.

A pandemia como motivo de crises

O impacto da COVID-19 foi o estopim que evidenciou e agravou problemas já existentes. Fechamentos temporários, protocolos sanitários rigorosos e a migração para o delivery forçaram adaptações rápidas.

Contudo, a infraestrutura para entregas da Sticky’s não estava preparada para a escala exigida, acarretando atrasos e experiências negativas para o consumidor.

Em um mercado onde a agilidade e a eficiência em serviços remotos tornaram-se essenciais, a dificuldade de adaptação contribuiu para a perda de relevância e queda nas vendas, acelerando o caminho para a insolvência.

Competição afiada e a mudança no paladar do consumidor

Além dos fatores econômicos e operacionais, a Sticky’s enfrentou uma competição feroz com gigantes que contam com maior capital e estratégia. Redes como Chick-fil-A e Shake Shack ampliaram suas participações de mercado enquanto a Sticky’s lutava para manter sua fatia.

Simultaneamente, uma mudança nos hábitos alimentares, com a crescente valorização de opções saudáveis, colocou o tradicional frango frito em uma posição desfavorável.

Essa transformação no gosto do público demanda inovação constante, algo que a Sticky’s tentou acompanhar, mas que, diante das dificuldades financeiras, acabou prejudicada.

Reestruturação e os rumos incertos da marca

O pedido de falência sob o Capítulo 11 permite que a Sticky’s tente se reorganizar e ajustar suas dívidas, mas não é sinônimo de garantia de sobrevivência. A empresa sinaliza que algumas unidades podem continuar abertas, com foco em manter a qualidade e o serviço, mas a venda de ativos e possíveis parcerias também estão em pauta.

Esse cenário mostra o difícil equilíbrio entre tentar preservar a marca e aceitar que o mercado pode exigir transformações radicais, que podem incluir mudanças de controle ou mesmo o fim definitivo da operação.

O setor de restaurantes em transformação

O caso Sticky’s Finger Joint é um alerta sobre a importância da resiliência e da capacidade de adaptação num setor onde variáveis externas, como crises econômicas e mudanças comportamentais, têm peso decisivo.

Empresas que prosperam hoje são aquelas que investem em tecnologia, diversificação de canais de venda e reavaliação constante de custos e ofertas. A flexibilidade para inovar e a atenção às tendências de consumo são imperativos, sob pena de repetir histórias como a da Sticky’s.

Ainda que a marca possa renascer através da reestruturação, seu futuro dependerá da capacidade de aprender com os erros, investir em gestão sólida e, sobretudo, entender as necessidades reais do mercado em constante evolução.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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