No Brasil, milhões de empreendedores — desde o Microempreendedor Individual (MEI) até grandes corporações — têm, em algum momento, a obrigação de emitir nota fiscal eletrônica. Essa exigência faz parte das normas fiscais que asseguram a transparência e a arrecadação correta de tributos.
Para orientar esse vasto grupo de empresas, a Receita Federal frequentemente divulga atualizações e instruções técnicas. A mais recente delas, a Nota Técnica NFe 2025.002 versão 1.01, traz mudanças relevantes que merecem a atenção imediata de quem atua com emissão de notas fiscais.
Quem emite nota fiscal precisa abrir aviso da Receita Federal
Essa nota técnica apresenta atualizações nos leiautes da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e da Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e), com foco na adaptação dos documentos fiscais às exigências da Reforma Tributária.
A Receita Federal estabeleceu que essas mudanças passarão a ser obrigatórias a partir de janeiro de 2026. Com isso, empresas de todos os portes devem revisar seus sistemas e processos para não correrem o risco de terem documentos rejeitados.
Na prática, a nota técnica determina a inclusão de novos campos obrigatórios nas notas fiscais, voltados aos tributos que serão implementados com a Reforma Tributária: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS).
Esses tributos substituirão gradualmente impostos atuais, e sua presença nos documentos fiscais se tornará essencial para a validação de cada nota.
Entre as novidades, destaca-se a criação de grupos específicos de informações que detalham os valores e características desses novos tributos, tanto por item quanto no total da nota. Além disso, campos como alíquota efetiva, devoluções, crédito presumido e regimes especiais também foram incorporados.
A emissão de “Notas de Crédito”, antes não prevista, agora será regulamentada dentro desse novo modelo.
Nova regra da nota fiscal será implementada aos poucos
A implementação dessas mudanças será feita em três etapas:
- A fase de testes, conhecida como ambiente de homologação, começa em julho de 2025.
- A liberação em produção ocorre em outubro do mesmo ano.
- Por fim, o cumprimento obrigatório das novas regras se inicia em janeiro de 2026.
Especialistas recomendam que empresas não deixem para a última hora. A adaptação exige ajustes técnicos, treinamento de equipes e revisão de processos internos.
Ignorar essas exigências pode resultar em paralisações operacionais e perdas financeiras.