World, empresa que está compra a íris de brasileiros, foi fundada em 2019 pelo Sam Altman, que também é cofundador e CEO da OpenAI, a empresa que criou o ChatGPT, e pelo Alex Blania. O objetivo deles é criar uma rede de identificação humana para tentar combater as fraudes que a inteligência artificial está trazendo.
O projeto da World ganhou força com o uso do Orb, um aparelho criado pela Tools for Humanity, que também é uma empresa desses mesmos caras. O Orb transforma a imagem da íris em um código todo criptografado. Esse código serve como se fosse uma credencial para identificar a pessoa em vários lugares, desde governos até empresas. E para convencer as pessoas a se cadastrarem, eles dão 50 unidades de worldcoin, uma criptomoeda que é baseada no Ethereum e que hoje em dia vale uns R$ 12 cada unidade.
Quem é o dono da World
Sam Altman é muito conhecido no mundo da tecnologia, principalmente por causa do seu trabalho na OpenAI, mas ele já tinha feito muita coisa antes. Em 2005, ele criou uma startup chamada Loopt, que permitia que amigos compartilhassem sua localização. Essa empresa foi vendida em 2012 por 43 milhões de dólares.
Vale mencionar que, em 2014, o Altman virou presidente da Y Combinator, que é uma das principais empresas que ajuda startups a crescerem, onde ele ficou até 2019. Junto com o Alex Blania, que é um engenheiro e físico alemão, o Altman fundou a World com o objetivo de criar um sistema de identificação que fosse descentralizado e usasse tecnologia de ponta para garantir segurança e privacidade.
A iniciativa da World já chegou em vários países além do Brasil, como Argentina, Chile, Quênia e Noruega. Aqui em São Paulo, eles começaram a coletar a íris das pessoas em novembro de 2024, colocando dez pontos de escaneamento em lugares onde tem muita gente. E em menos de um mês, 120 mil brasileiros participaram do projeto.
Porque a empresa está chamando a atenção de autoridades
Essa história toda chamou a atenção da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que começou a fiscalizar o tratamento dos dados que a Tools for Humanity está coletando. É importante mencionar que a ANPD pediu informações sobre a segurança dos dados, a transparência do processo e os possíveis riscos para a privacidade das pessoas.
A Tools for Humanity entregou tudo que a ANPD pediu e agora está esperando a análise. Outro detalhe importante é que esse caso mostra que o uso de dados biométricos está gerando muita preocupação, e como a gente precisa ter cuidado com o limite entre a tecnologia e a nossa privacidade.
Enquanto a investigação da ANPD acontece, a World continua crescendo, com gente elogiando e criticando a sua iniciativa