No dia 14 de maio, a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) formalizou um convênio com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) para viabilizar o projeto “Palma Forrageira: In Natura ou Farelo – Mais Leite e Mais Carne com Mais Qualidade”.
Com um aporte de R$ 256 mil da Sudene, essa ação integra o programa InovaPalma, que reconhece a palma como um insumo fundamental para a pecuária no Semiárido, devido à sua capacidade de resistir à seca e ao seu elevado valor nutricional.
Palma na produção de carne
- A pesquisa será conduzida pela UFRPE em unidades experimentais.
- Início dos testes: previsto para agosto de 2025.
- Animais estudados: vacas em lactação, cabras leiteiras e ovinos de corte.
- Indicadores avaliados: produção e composição do leite, digestibilidade dos nutrientes, qualidade da carne e eficiência alimentar.
- Objetivo principal: aumentar a produtividade e reduzir os custos dos produtores da região.
A Sudene reconhece a palma como uma solução inovadora para a alimentação animal no Semiárido, devido à sua capacidade de melhorar a qualidade do leite e da carne. Isso ocorre porque a planta contém enzimas que facilitam a digestão dos animais, tornando-a um alimento altamente eficiente para rebanhos adaptados ao clima seco e árido da região.
Mercado brasileiro
Além do benefício regional, a palma apresenta um significativo potencial econômico global. Danilo Cabral, superintendente da Sudene, ressalta que a planta pode se consolidar como uma commodity exportável, especialmente em áreas com clima semelhante ao do Semiárido brasileiro. O foco em pesquisa e inovação busca transformar a palma em um produto com valor agregado, capaz de competir no mercado internacional.
No cenário da pecuária nacional, dados recentes do IBGE mostram que a produção de carne bovina cresceu 2,73% no primeiro trimestre de 2025, em comparação ao mesmo período de 2024. Já as exportações brasileiras de carne aumentaram quase 12%, segundo informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).