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Praia popular em Pernambuco enfrenta restrições e revolta visitantes

Por Leticia Florenço
01/06/2025
Em Mais Tendências, Colunas
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Praia de Maracaípe - Prefeitura de Ipojuca

Praia de Maracaípe - Prefeitura de Ipojuca

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A construção de um muro no Pontal de Maracaípe, em Ipojuca, no litoral sul de Pernambuco, acendeu um debate acalorado entre defensores do direito ao acesso público às praias e os que alegam direitos à propriedade privada.

Localizada a poucos quilômetros de Porto de Galinhas, uma das áreas turísticas mais procuradas do estado, a praia é conhecida por suas belezas naturais, pelo encontro do rio com o mar e pela forte presença de turistas e moradores que dependem da região para lazer, trabalho e sustento.

A obra, com mais de 500 metros de extensão, foi realizada por um empresário local, João Vita Fragoso de Medeiros, e desde então tem causado reações diversas, com protestos, investigações e disputas judiciais.

Motivações e justificativas por trás da construção

O responsável pela construção do muro argumenta que a estrutura foi erguida dentro dos limites de sua propriedade privada e com o objetivo de proteger o local de invasões e degradação.

No entanto, a área onde o muro foi instalado é considerada de grande relevância ambiental e social, e muitos contestam a validade dessa justificativa. A obra bloqueou rotas de acesso amplamente utilizadas por moradores, turistas e comerciantes da região.

Isso levou muitos a interpretarem a construção como uma tentativa velada de privatizar uma área que, por lei, deve ser de livre acesso.

Impactos diretos sobre a comunidade e o turismo local

As consequências da construção já são sentidas pela população. O muro impôs uma barreira física ao acesso tradicional à praia, obrigando moradores a fazer longos desvios ou a procurar passagens alternativas e, muitas vezes, mais perigosas.

Para os turistas, o bloqueio representa um desconforto e desestímulo à visita, o que tem gerado impacto direto nos pequenos negócios da região, como bares, restaurantes, barracas e pousadas, que dependem da movimentação constante de visitantes.

Com a queda na circulação de pessoas, a economia local sofre, e trabalhadores informais também enfrentam perdas significativas.

Conflitos legais e ambientais em evidência

Do ponto de vista jurídico, a Constituição Federal assegura que todas as praias são bens públicos de uso comum, o que torna ilegal qualquer ação que impeça o livre acesso da população ao litoral.

Além disso, há leis ambientais que proíbem intervenções em áreas de preservação permanente, como manguezais e dunas, características presentes em Maracaípe. Relatórios recentes apontam que a construção do muro pode ter infringido essas normas, o que levou à emissão de ordens de demolição por parte das autoridades.

Apesar disso, até o início de 2025, a estrutura ainda permanecia de pé, o que reforça as críticas à lentidão do poder público em lidar com o caso.

Repercussão social e posicionamentos políticos

A resposta da população não demorou a vir. Diversos grupos da sociedade civil, incluindo moradores, ativistas ambientais, pescadores e barraqueiros, organizaram protestos e mobilizações exigindo a demolição do muro e a retomada do acesso pleno à praia.

Esses movimentos denunciam o que chamam de “privatização disfarçada” de um bem natural. No campo político, parlamentares estaduais e federais passaram a discutir formas de tornar mais rigorosa a legislação que garante o acesso às praias.

A polêmica também reacendeu o debate nacional sobre o avanço de empreendimentos privados sobre áreas costeiras e a ausência de fiscalização efetiva por parte dos órgãos competentes.

O direito à praia, ao lazer e ao patrimônio natural é coletivo e inalienável, e cabe ao poder público assegurar que ele continue sendo exercido por todos os brasileiros.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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