A cantora Katy Perry fez uma viagem bem diferente na última segunda-feira (14) e passou alguns minutos no espaço. A Blue Origin, empresa de turismo espacial fundada por Jeff Bezos, lançou sua primeira missão com uma tripulação composta exclusivamente por mulheres.
Nomeada como NS-31, essa foi a 31ª missão do foguete New Shepard e também marcou a primeira vez, em mais de 60 anos, que um grupo exclusivamente feminino viajou ao espaço. Desde o voo solo da cosmonauta soviética Valentina Tereshkova, em 1963, algo assim não ocorria.
O lançamento aconteceu às 10h30, pelo horário de Brasília, a partir de uma base no Texas. O voo durou cerca de 11 minutos e ultrapassou a linha de Kármán, que é considerada o limite do espaço sideral. Durante o trajeto, as passageiras experimentaram alguns minutos em ambiente de gravidade zero antes do retorno à Terra, com pouso realizado por meio de paraquedas.
Por que Katy Perry?
Um dos principais objetivos dessas viagens com celebridades é chamar a atenção do público para o turismo espacial oferecido pela empresa Blue Origin. Por isso, trazer uma artista como Katy Perry dá uma maior visibilidade para a viagem, além de destacar a importância do poder feminino nas mais diversas áreas.
Katy Perry afirmou participar da missão para inspirar meninas a enxergar o espaço como um futuro possível. Ela compartilhou detalhes sobre o treinamento e destacou coincidências pessoais relacionadas à missão. Além da cantora, estavam a bordo da cápsula, que funcionou de forma totalmente autônoma, seis mulheres de diferentes áreas, incluindo figuras públicas, ativistas e especialistas.
Outra integrante da tripulação foi Lauren Sánchez, jornalista, piloto e noiva de Jeff Bezos. Além de idealizar a missão, ela também assinou o design dos uniformes e destacou que o voo representa um avanço importante para a representatividade feminina na exploração espacial.
A missão também contou com a presença de Gayle King, apresentadora da rede americana CBS, conhecida por dar visibilidade a mulheres e pessoas negras na mídia. Aisha Bowe, ex-engenheira da NASA e hoje empreendedora em tecnologia, também participou, reforçando seu compromisso com a inclusão de meninas nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
Amanda Nguyen, ativista dos direitos civis e indicada ao Prêmio Nobel da Paz, integrou o grupo ao lado da produtora de cinema Kerianne Flynn, que apoia iniciativas voltadas à representatividade no audiovisual.
A cápsula usada na NS-31 operou sem pilotos e não exigiu controle manual. Durante o voo, as passageiras tiveram cerca de quatro minutos em microgravidade para explorar o ambiente e observar a curvatura do planeta. O restante do tempo foi destinado à subida e à descida da cápsula.