A Universidade do Arizona confirmou que a árvore viva mais antiga do mundo está localizada nos Estados Unidos, mais precisamente na Floresta Nacional de Inyo, na Califórnia. Trata-se de um pinheiro bristlecone batizado de Matusalém, uma homenagem à figura bíblica que, segundo relatos, viveu 969 anos.
É importante mencionar que a planta, no entanto, supera esse número com folga: ela já existia antes mesmo da construção das Pirâmides do Egito, que começaram a ser erguidas por volta de 2.686 a.C., durante o Antigo Império.
O exemplar foi descoberto em 1953 pelo pesquisador climático Edmund Schulman, da Universidade do Arizona, que buscava árvores ancestrais capazes de revelar registros históricos de períodos de seca nos Estados Unidos.
A missão levou o cientista até as Montanhas Brancas, onde encontrou espécimes com mais de 4 mil anos, incluindo a árvore Matusalém. Para protegê-la de atos de vandalismo, sua localização exata foi mantida em sigilo pelo Serviço Florestal dos EUA até 2021.
Condições extremas ajudam na longevidade da árvore
É importante mencionar que a longevidade dos pinheiros bristlecone ainda intriga os cientistas. Uma das explicações mais aceitas é o crescimento extremamente lento: essas árvores aumentam apenas 2,5 cm a cada 100 anos. Isso resulta em uma madeira muito densa, resistente à ação de pragas, fungos e decomposição.
Outro detalhe importante é o ambiente em que vivem. A Floresta Nacional de Inyo apresenta clima frio, solo rochoso composto por dolomita e ar extremamente seco — fatores que reduzem a competição com outras espécies vegetais e criam condições ideais para a sobrevivência prolongada dessas árvores.
Com isso, os bristlecones prosperam em um habitat inóspito onde poucas plantas conseguem se desenvolver.
A ciência por trás da idade das árvores
Para determinar a idade de árvores como Matusalém, pesquisadores utilizam uma técnica precisa: extraem uma amostra cilíndrica do tronco e contam os anéis de crescimento. Cada anel representa um ano de vida e pode fornecer dados valiosos sobre o clima do passado, como níveis de precipitação, erupções vulcânicas e oscilações de temperatura.
Sendo assim, a árvore mais velha do mundo não só impressiona pela idade, mas também contribui para o avanço da ciência e do conhecimento ambiental. Vale mencionar que, apesar de discretamente isolada, Matusalém continua firme, e viva, como testemunha milenar da história natural do planeta.