O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) anunciou mudanças importantes no Programa Bolsa Família, visando garantir maior proteção às famílias em situação de vulnerabilidade.
Com isso, a partir deste ano, o tempo de permanência para famílias com aumento de renda poderá chegar a até 36 meses, conforme decreto publicado no Diário Oficial da União.
A medida faz parte de uma série de ajustes no programa, reforçando o compromisso do governo federal em assegurar a continuidade da assistência social para aqueles que, mesmo com melhorias financeiras iniciais, ainda necessitam de apoio para consolidar sua autonomia econômica.
Como funciona a nova regra de permanência no Bolsa Família
Com a alteração em vigor, famílias que apresentem aumento de renda, mas que ainda estejam abaixo de meio salário mínimo por pessoa, poderão permanecer no Bolsa Família por até três anos. Vale mencionar que, para se enquadrar nessa condição, é necessário que as informações estejam atualizadas no Cadastro Único.
Anteriormente, a chamada “regra de proteção” permitia a permanência por 24 meses, com a família recebendo 50% do valor do benefício a que teria direito. Agora, a extensão para até 36 meses vem como resposta ao cenário de crescimento econômico e formalização de empregos, o que elevou o número de famílias com renda acima do limite original do programa.
É importante mencionar que, durante o período de proteção, o acompanhamento das condições socioeconômicas continua sendo realizado, para garantir que o benefício atenda efetivamente quem mais precisa.
Critérios de elegibilidade do Bolsa Família
Outro detalhe importante é que o Bolsa Família mantém critérios rigorosos para entrada e permanência no programa. A renda per capita mensal deve ser de até R$ 218,00, de acordo com as diretrizes atualizadas pelo MDS. Famílias que ultrapassarem esse limite, mas não excederem meio salário mínimo, poderão entrar na nova regra de permanência.
Além disso, o programa reforçou suas ações de averiguação cadastral para combater pagamentos indevidos. Em 2024, aproximadamente 1,3 milhão de famílias deixaram o Bolsa Família após superarem o limite de renda, refletindo a melhoria no mercado de trabalho, conforme dados da Fundação Getúlio Vargas.
Vale mencionar que, em casos de descumprimento de compromissos nas áreas de saúde e educação, como vacinação e frequência escolar, o benefício pode ser cancelado. Fornecer informações falsas também é motivo de exclusão.
Com isso, o Bolsa Família continua buscando garantir a justiça social, apoiando famílias em transição para a estabilidade financeira e assegurando a correta destinação dos recursos públicos.