A atriz e humorista Déa Lúcia, mãe de Paulo Gustavo, revelou em entrevista recente que o filho costumava dizer que não viveria por muitos anos.
O comentário, feito por ela durante participação no podcast “WOWcast”, de Brunno Rangel e Ma Feitosa, trouxe à tona a intuição do ator sobre sua morte precoce, ocorrida em 2021, aos 42 anos, por complicações da Covid-19.
Paulo Gustavo dizia que ‘iria morrer cedo’ para sua mãe
Déa contou que o humorista era extremamente sensível e ligado a questões espirituais. Apesar do bom humor constante, ele também era conhecido por ser uma pessoa temerosa e ansiosa, e frequentemente mencionava a ideia de que não viveria até a velhice.
Segundo ela, Paulo Gustavo dizia com naturalidade que “iria morrer cedo”, mesmo antes da pandemia. Durante a conversa, Déa também relatou que o filho demonstrou grande preocupação ao surgir a Covid-19.
Mesmo fazendo piadas com a mãe sobre a doença — em uma delas, disse que nem o coronavírus “aguentava” o temperamento dela —, ele mantinha a sensação de que, caso fosse contaminado, o desfecho poderia ser grave.
“Se eu pegar, eu vou morrer”, dizia ele repetidamente, conforme relatou Déa.
Além dos pressentimentos, a mãe relembrou que o artista tinha pavor de ficar sozinho, evitava dormir desacompanhado e sempre buscava a presença de pessoas à sua volta. Para ela, esses comportamentos estavam ligados à sensibilidade que ele carregava desde pequeno.
Paulo Gustavo foi um dos humoristas mais queridos do país
Paulo Gustavo foi um dos nomes mais marcantes do humor brasileiro nas últimas décadas.
Com seu talento versátil e carisma único, conquistou o país com personagens como Dona Hermínia, protagonista da franquia de filmes “Minha Mãe é uma Peça”, inspirada justamente em Déa Lúcia.
Além do sucesso nos cinemas, o artista brilhou na televisão e nos palcos, tornando-se referência no humor nacional e defensor de causas como o respeito à diversidade.
Sua morte, em maio de 2021, comoveu o Brasil. Após semanas internado em estado grave, a confirmação do falecimento gerou uma onda de homenagens e comoção popular.
Para muitos, sua partida precoce deixou um vazio na cultura brasileira — um talento interrompido no auge da carreira.
Mesmo diante da dor, Déa mantém a visão de que a morte faz parte do ciclo da vida e que existe uma continuidade além dela. Sua fala, marcada por emoção e lucidez, reafirma a intensidade da ligação entre mãe e filho.