Pesquisadores anunciaram a confirmação de uma descoberta geológica que intriga cientistas há décadas: a existência de uma vasta massa continental submersa no Pacífico Sul, que muitos já apelidam de “oitavo continente” da Terra.
Ainda que o termo gere debate na comunidade científica, não há dúvida quanto à relevância desse achado.
A estrutura, que passou despercebida durante grande parte da história moderna, pode redesenhar o entendimento que temos sobre a evolução dos continentes do planeta.
Oitavo continente da Terra é localizado após anos de mistério
A área em questão recebeu o nome de Zelândia. Com quase 5 milhões de quilômetros quadrados, ela está majoritariamente submersa sob as águas do oceano, com exceção de algumas porções emergidas, como a Nova Zelândia.
A confirmação de que essa massa submersa possui características geológicas compatíveis com as de outros continentes da Terra oficialmente reconhecidos é resultado de décadas de estudo e avanços tecnológicos recentes.
O trabalho foi conduzido por uma equipe de geólogos liderada por Nick Mortimer, da GNS Science, uma instituição da Nova Zelândia especializada em ciências da Terra.
Eles se dedicaram a investigar a história tectônica da região, concentrando-se em vestígios de quando a Zelândia ainda fazia parte do supercontinente Gondwana, há mais de 100 milhões de anos.
À medida que Gondwana se fragmentava, um pedaço foi gradualmente se afastando, até se separar da Antártida e da Austrália, afundando parcialmente com o tempo.
Para entender a natureza dessa massa terrestre, os cientistas utilizaram métodos de geocronologia, que permitem datar as rochas com base no decaimento de elementos radioativos.
Amostras coletadas no norte da Zelândia revelaram tipos de rochas como arenitos, basaltos e seixos vulcânicos, com idades que variam do Cretáceo ao Eoceno.
A análise dessas rochas, somada ao mapeamento de anomalias magnéticas da região, forneceu evidências consistentes sobre a origem continental da Zelândia.
Importância da descoberta do oitavo continente da Terra
Essa descoberta sobre o possível oitavo continente do planeta Terra tem implicações profundas.
Ela oferece uma janela para compreender como a crosta terrestre se fragmenta, afunda e se reorganiza ao longo de milhões de anos.
Além disso, contribui para os debates sobre os critérios que definem um continente e amplia o conhecimento sobre a dinâmica das placas tectônicas.
A Zelândia, ainda em grande parte inexplorada, se apresenta como um laboratório natural essencial para futuras investigações sobre a história geológica do planeta.