As grandes empresas de tecnologia, conhecidas como big techs, desempenham um papel central na vida digital moderna.
Plataformas como Google, Facebook, Amazon, Apple e Microsoft oferecem serviços amplamente utilizados, como redes sociais, mecanismos de busca, compras online e armazenamento na nuvem.
No entanto, apesar de muitos desses serviços serem aparentemente gratuitos, há um custo implícito: os dados pessoais dos usuários.
Na prática, ao utilizar essas plataformas, os internautas pagam com informações sobre sua identidade, hábitos e preferências.
Mas afinal, o que essas empresas realmente sabem sobre nós? E como elas lucram com isso?
O que as big techs sabem sobre a gente de acordo com o termos de uso?
Ao aceitar os termos de uso e políticas de privacidade, os usuários de serviços de aplicativos e redes sociais das big techs autorizam a coleta de uma vasta gama de informações.
Entre os dados mais comuns estão nome, e-mail, idade e localização, muitas vezes exigidos já na criação da conta. No entanto, a coleta de informações vai muito além desses dados básicos.
Os dispositivos registram os endereços IP, o tipo de navegador e o sistema operacional utilizados. A partir disso, conseguem identificar padrões de navegação e detectar até mesmo mudanças de aparelho.
Além disso, a localização dos usuários é monitorada de diferentes formas. Serviços de GPS, aplicativos de mapas e até mesmo redes sociais rastreiam a movimentação em tempo real.
Mesmo que a opção de localização esteja desativada, as big techs podem estimar onde o usuário está com base na conexão Wi-Fi ou na triangulação de sinais de celular.
Esses dados são usados para personalizar anúncios e sugerir conteúdos baseados nos lugares frequentados.
O histórico de navegação também é um dos aspectos mais valiosos para essas empresas. As pesquisas realizadas nos mecanismos de busca revelam interesses, preocupações e intenções de compra.
Sites visitados, vídeos assistidos e interações em redes sociais são cuidadosamente analisados para traçar perfis de consumo e oferecer publicidade altamente segmentada.
Até mesmo mensagens trocadas em plataformas de comunicação podem ser usadas para entender melhor o comportamento do usuário.
Big techs vendem informações de usuários e assim lucram
Ou seja, em resumo, é possível afirmar que o modelo de negócios das big techs gira em torno da publicidade direcionada.
Ao coletar, reunir e cruzar diferentes tipos de dados dos usuários de apps, serviços e redes sociais que elas oferecem supostamente de graça, essas empresas conseguem vender espaço publicitário personalizado para anunciantes, tornando as campanhas mais eficazes.
O resultado é um mercado bilionário, onde os dados dos usuários se tornam uma fonte valiosa de ganhos para essas empresas, motivo pelo qual, ao consultar um produto no Google, por exemplo, anúncios desse mesmo produto passam a aparecer no Instagram ou Facebook.
Por isso, compreender o que é coletado e como essas informações são usadas pelas big techs é essencial para quem deseja navegar na internet de forma mais consciente e segura.