O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou no último domingo, 18 de maio, que está investigando duas novas suspeitas de foco de gripe aviária (H5N1) no Brasil. Os casos em análise estão localizados no Rio Grande do Sul e em Tocantins, ampliando a atenção das autoridades para o possível avanço da doença no país.
O primeiro caso oficial de gripe aviária foi confirmado em uma granja comercial em Montenegro, no Rio Grande do Sul. Este surto desencadeou uma série de ações imediatas para controlar a disseminação do vírus.
Paralelamente, um foco foi identificado no zoológico de Sapucaia do Sul, também na Região Metropolitana de Porto Alegre, onde 38 aves, entre cisnes e patos, morreram repentinamente, levando ao fechamento do espaço para visitação.
Novas suspeitas no Rio Grande do Sul e Tocantins
No Rio Grande do Sul, uma propriedade rural de subsistência situada a cerca de três quilômetros da granja original está sendo investigada.
Amostras coletadas foram encaminhadas para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, em Campinas, com resultado preliminar esperado para breve. Enquanto isso, a granja comercial em Montenegro passa por rigorosos procedimentos de descarte de aves e ovos, além de limpeza e desinfecção das instalações.
Em Tocantins, a suspeita surge no município de Aguiarnópolis, próximo à divisa com Maranhão. Uma análise inicial indicou a presença de um tipo de vírus influenza, porém, segundo o Mapa, a probabilidade de ser uma cepa altamente patogênica é baixa.
Medidas de controle já foram implementadas para restringir o trânsito de aves e produtos na região, mantendo o cenário sob vigilância rigorosa.
Ações governamentais e estado de emergência
Diante da situação, o governo do Rio Grande do Sul declarou estado de emergência em saúde animal, reforçando as ações de combate à doença. Minas Gerais, por sua vez, descartou 450 toneladas de ovos oriundos de granjas suspeitas ou relacionadas aos focos confirmados.
Goiás também decretou emergência zoossanitária, mesmo sem casos confirmados no estado, visando ampliar a prevenção e o monitoramento.
Impactos no comércio e na economia
A confirmação do primeiro surto provocou reações internacionais: oito países e a União Europeia suspenderam temporariamente a compra de proteínas de frango do Brasil, gerando preocupações sobre os prejuízos econômicos para um dos setores mais importantes da agroindústria nacional.
O controle rigoroso e a transparência nas ações são essenciais para recuperar a confiança dos mercados externos.
Segurança alimentar e comunicação oficial
Apesar da gravidade do cenário, autoridades brasileiras têm reforçado que não há risco para o consumo de carne de frango e ovos produzidos no país, desde que respeitados os protocolos sanitários vigentes.
O vice-presidente Geraldo Alckmin ressaltou a eficácia dos sistemas de controle sanitário brasileiros, destacando o compromisso nacional com a saúde animal e vegetal.
Espera-se um aumento no número de investigações e casos suspeitos, principalmente devido à maior sensibilização do sistema de defesa agropecuária após a declaração de emergência.
O aumento da vigilância, combinada com a colaboração entre os órgãos governamentais e produtores rurais, será fundamental para evitar a disseminação da gripe aviária e seus impactos.
O avanço das investigações e o acompanhamento rigoroso das suspeitas são fundamentais para o enfrentamento desta crise sanitária. O Brasil, atento às medidas de controle, segue trabalhando para conter a doença e proteger tanto a saúde pública quanto a economia do setor avícola.
