Monotrilhos são sistemas de transporte ferroviário que funcionam sobre um único trilho, ao contrário das ferrovias tradicionais, que possuem dois trilhos paralelos. No Brasil, essa tecnologia está presente principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, enquanto projetos estão em desenvolvimento em Minas Gerais e Amazonas.
Existem dois tipos principais de monotrilhos: os suspensos, que carregam os veículos por cima do trilho, e os convencionais, que os sustentam por baixo, semelhante às ferrovias comuns. O mercado global de monotrilhos suspensos projeta um crescimento anual de aproximadamente 3,9% até 2033, impulsionado pelo aumento da urbanização e pela busca por soluções de mobilidade mais sustentáveis.
Implementação do monotrilho
Embora o monotrilho enfrente desafios históricos em países como o Brasil — incluindo atrasos, falhas e custos elevados — sua expansão global continua. As dificuldades permanecem, como os altos investimentos iniciais, obras complexas e atrasos recorrentes, além da dependência de poucos fornecedores confiáveis, exemplificada pela experiência com a Scomi em São Paulo.
A falta de integração eficaz com outros sistemas de transporte também limita seu potencial. Tecnologias inovadoras, como a levitação magnética, surgem para solucionar problemas tradicionais, como o superaquecimento dos pneus de borracha, principal causa de incêndios.
Essa tecnologia está em funcionamento desde 2003 em Xangai e no SwissRapide Express, na Suíça, embora também tenha registros de acidentes graves, como o ocorrido na Alemanha em 2011, que levou à desativação da linha.
Expansão pelo mundo
Diversos projetos de expansão estão em curso pelo mundo, como:
- Panamá: Construção da Linha 3 do metrô com 24,5 km, incluindo túnel sob o Canal do Panamá; objetivo de reduzir pela metade o tempo de viagem dos moradores; conclusão prevista para 2028.
- Monterrey (México): Planejamento e construção de duas novas linhas de monotrilho, com inauguração prevista até 2026, em preparação para a Copa do Mundo.
- Osaka (Japão): Expansão de 9 km em sua extensa rede de monotrilhos, com quatro novas estações; previsão de funcionamento em 2033; projeto visa integrar diversas comunidades e melhorar a mobilidade regional