O avanço das tecnologias sustentáveis e com menor impacto ambiental tem elevado a demanda por metais raros no mercado global. Entre eles, o ródio se destaca como um dos mais valorizados, superando até mesmo o ouro e a platina em termos de preço.
Em 2025, o metal alcançou o pico de US$ 6.000 por onça, e atualmente mantém-se cotado em torno de US$ 5.400 — valor significativamente superior ao do ouro, cuja média gira em torno de US$ 3.000. Essa alta se deve, sobretudo, à sua importância estratégica para a indústria automotiva, onde é amplamente utilizado em sistemas de controle de emissões veiculares.
Metal mais precioso que ouro
O ródio é um metal nobre de coloração branco-prateada presente em quantidades ínfimas na crosta terrestre — cerca de 0,000037 partes por milhão —, ele é muito mais escasso do que o ouro, que ocorre em 0,0013 partes por milhão. Por sua natureza, o ródio não é extraído diretamente da terra, mas sim obtido como subproduto do refino de minérios como cobre e níquel.
Os maiores produtores desse metal são a África do Sul, que domina as exportações globais, e a Rússia, com depósitos relevantes localizados na Sibéria. O ródio foi descoberto em 1803 pelo químico britânico William Hyde Wollaston, e desde então tem se destacado por sua resistência à corrosão e por sua durabilidade em ambientes adversos.
Além de ser utilizado em joias de alto padrão e instrumentos ópticos sofisticados, seu principal uso está nos catalisadores automotivos. Nesses dispositivos, o ródio desempenha um papel essencial na transformação de gases nocivos, como óxidos de nitrogênio, em substâncias menos prejudiciais ao meio ambiente.
Sustentabilidade
Com a intensificação das preocupações ambientais, a reciclagem de metais ganha destaque. Elementos como o ródio, o cobre e o alumínio podem ser reciclados indefinidamente sem perder qualidade, o que reduz a extração de recursos naturais e minimiza impactos ambientais.
Além disso, a prática é energeticamente eficiente e economicamente vantajosa. Um exemplo claro é o alumínio: reciclar uma única lata gera energia suficiente para manter uma lâmpada de 100 watts acesa por 20 horas.