O desaparecimento de uma menina de 14 anos em Governador Valadares, Minas Gerais, mobilizou a polícia e comoveu moradores da cidade por mais de três semanas.
Gabriela Vitória Carvalho Costa foi vista pela última vez na noite de 1º de março, após sair para jogar o lixo fora, enquanto passava o feriado de Carnaval na casa da avó paterna, no bairro Vila Isa.
O que parecia um ato cotidiano na vida da adolescente virou o ponto de partida de um mistério que só teve fim quase um mês depois.
Menina de 14 anos leva lixo para fora de casa e fica desaparecida por 24 dias
Segundo relatos da família, Gabriela havia tido um desentendimento com a mãe dias antes. A menina teria demonstrado interesse por um vizinho de 13 anos, mas a mãe não autorizou o relacionamento por considerar a filha muito nova.
A negativa gerou tensão entre as famílias, especialmente com a mãe do menino, com quem a adolescente teria desenvolvido proximidade nas semanas anteriores ao desaparecimento.
As investigações apontam que Gabriela não desapareceu sozinha. A polícia trabalha com a hipótese de que a mãe do garoto tenha levado a menina, o que se confirmou após o rastreamento de denúncias e movimentações suspeitas na região.
No dia 25 de março, a Polícia Civil recebeu informações de que uma mulher e dois adolescentes viajavam pela BR-259 em direção ao Espírito Santo.
No dia seguinte, 26 de março, Gabriela foi localizada em Linhares, a cerca de 295 quilômetros de Governador Valadares. Ela foi entregue ao Conselho Tutelar do município capixaba e, posteriormente, voltou para casa.
Menina entrou em contato com a família enquanto estava desaparecida
Durante o período em que esteve ausente, Gabriela fez dois contatos com a família. No primeiro, ocorrido em 13 de março, a menina disse estar grávida do vizinho e afirmou que estava com o namorado e a mãe dele, sem revelar sua localização.
O segundo contato aconteceu cinco dias depois, e desde então não houve mais notícias até a ação da polícia.
O caso segue sob investigação. A Polícia Civil ainda apura as circunstâncias do desaparecimento e analisa a conduta dos envolvidos, especialmente da mulher que teria levado a adolescente.
A família de Gabriela, agora aliviada com o retorno da menina, espera por respostas mais claras e responsabilização de quem facilitou ou provocou o afastamento da jovem.