A conta de luz das famílias brasileiras pode finalmente ficar mais leve. O governo federal anunciou uma medida que promete transformar a forma como os brasileiros consomem energia elétrica.
A partir de 2027, consumidores residenciais terão o direito de escolher seu fornecedor de energia, e não dependerão mais exclusivamente das distribuidoras locais.
A expectativa é que essa abertura incentive a concorrência e, com isso, reduza os preços cobrados nas faturas mensais.
Liberdade de escolha na conta de luz será realidade em breve
Atualmente, residências e pequenos estabelecimentos comerciais são atendidos exclusivamente por empresas concessionárias, responsáveis pela distribuição de energia em áreas determinadas.
Isso significa que o consumidor não tem alternativa: paga o que for cobrado na conta de luz por aquela única fornecedora autorizada.
Com a mudança, será possível migrar para o chamado mercado livre de energia, onde o cliente poderá optar por diferentes fornecedores, avaliando preços, prazos e condições contratuais.
A novidade faz parte de uma ampla reforma no setor elétrico, anunciada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) na semana passada.
O projeto prevê que, primeiro, a partir de agosto de 2026, comércios e indústrias de menor porte que utilizam energia em baixa tensão poderão entrar no mercado livre.
Já para os consumidores residenciais, a abertura ocorrerá em dezembro de 2027 — um prazo que foi adiantado em relação às propostas iniciais discutidas no governo.
Como será a conta de luz após a mudança?
Na prática, a energia continuará sendo entregue pela distribuidora da região, mas o fornecimento será negociado com outra empresa, a comercializadora, que compra a energia diretamente das geradoras.
Essa estrutura permitirá que os consumidores tenham contratos personalizados, com diferentes preços e níveis de serviço.
As cobranças também mudarão: haverá uma conta de luz unificada com dois componentes discriminados — um referente ao uso da rede da distribuidora e outro ao fornecimento da energia em si.
Segundo o MME, essa liberdade de escolha deve resultar em mais competição, o que tende a pressionar os preços para baixo. Experiências recentes com a abertura para empresas de médio porte já mostraram economias que chegam a 40% na conta final.
Ainda que o mercado livre exija maior atenção do consumidor, com análise de ofertas e prazos contratuais, a possibilidade de redução nos custos representa um avanço significativo rumo à democratização do setor elétrico brasileiro.