O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou que a queda do dólar e a colheita da safra recorde prevista para 2025 deverão ser responsáveis pela redução dos preços dos alimentos a partir de março.
Segundo o ministro, a combinação de fatores econômicos e estruturais deixará o consumo interno favorável e, com isso, deverá aumentar o poder de compra dos brasileiros, que seguem insatisfeitos neste começo de ano.
Haddad revela quais alimentos terão redução de preços
Os preços exorbitantes do café e o aumento inesperado dos ovos têm colaborado para a insatisfação da população, que já não anda muito feliz com o Governo Lula. Com isso, a aposta de Haddad é que a nova safra e a queda do dólar possa mudar o cenário.
Com a previsão de colheita de 322,47 milhões de toneladas de grãos, o Brasil deverá registrar uma das maiores safras da história. Isso impactará diretamente o valor de itens essenciais da cesta básica, como:
- Arroz
- Feijão
- Milho
- Soja
- Carnes
Vale mencionar que, no caso das carnes, a colheita influencia principalmente devido à redução nos custos de produção de ração. Além disso, descentralização da produção também contribuirá para uma maior oferta e estabilidade nos preços.
Dólar tem queda importante
Outro fator que deve ser determinante para a redução dos preços é a recente desvalorização do dólar. O ministro explicou que, em 2024, a alta da moeda norte-americana elevou o custo de insumos e produtos alimentícios.
Vale mencionar que, depois de bater R$6,26 do final de dezembro, o dólar teve uma queda significativa, chegando a R$ 5,79 na última sexta-feira (21), somando um recuo de 0,7% na semana. Agora, com a estabilização cambial, espera-se uma queda nos preços de itens que dependem de insumos importados, como cereais e derivados.
Outro detalhe que precisa ser mencionado é a política de valorização do salário-mínimo, que vem sendo feito desde o primeiro ano do Governo Lula. A medida tem o objetivo de aumentar o salário acima da inflação, garantindo um maior poder de compra.
Essa medida é importante, uma vez que o aumento salário esteve estagnado nos últimos 4 anos do governo Bolsonaro. Ou seja, não foram feitos aumentos acima da inflação, diminuindo o poder de compra do trabalhador, que precisava conviver com uma inflação altíssima.
Vale lembrar que, de 2019 a 2022, a inflação do Governo Bolsonaro chegou a 26,93%, maior patamar desde o primeiro mandado da ex-presindenta Dilma Rousseff.
Como deve ficar os preços nos próximos meses
Haddad demonstrou confiança na estabilização dos preços dos alimentos nos próximos meses. A queda do dólar, a safra recorde e as políticas de incentivo à economia serão fatores determinantes para esse cenário positivo.
Com a implementação de estratégias para equilibrar oferta e demanda, a expectativa é que os brasileiros sintam um alívio no bolso, garantindo maior acesso a produtos essenciais a preços mais justos. Essas medidas fazem parte do plano do governo para fortalecer a recuperação econômica do país.