“Kraven: O Caçador”, estrelado por Aaron Taylor-Johnson, foi oficialmente declarado o maior fracasso da Sony Pictures nas bilheterias desde 2017. O CEO do estúdio, Tony Vinciquerra, que anunciou sua saída do cargo após sete anos e meio, reconheceu que o desempenho decepcionante do longa impactou significativamente a empresa, levantando dúvidas sobre o futuro de suas produções derivadas do universo do Homem-Aranha.
Em entrevista ao Los Angeles Times, Vinciquerra expressou sua frustração com os resultados do filme: “Infelizmente, Kraven foi lançado na última semana e teve o pior lançamento que tivemos nesses sete anos e meio. Eu ainda não entendo, porque o filme não é ruim”. Apesar das críticas, o longa não conseguiu atrair o público esperado, tornando-se um dos maiores fracassos comerciais recentes do estúdio.
Dirigido por J.C. Chandor (Operação Fronteira), o filme reuniu um elenco de peso, incluindo Russell Crowe, Ariana DeBose, Fred Hechinger e Alessandro Nivola, com roteiro assinado por Art Marcum, Matt Holloway e Richard Wenk. Ainda assim, mesmo com grandes nomes e uma produção robusta, Kraven não conseguiu evitar o insucesso nas bilheterias globais.
Produções de filme derivadas enfrentam resistência
Esse não é o primeiro revés da Sony com filmes derivados do universo do Homem-Aranha. Antes de Kraven: O Caçador, o estúdio enfrentou críticas com Madame Teia, que também registrou resultados insatisfatórios nos cinemas. Apesar do desempenho ruim na tela grande, Vinciquerra destacou que o filme encontrou algum sucesso na Netflix, o que, segundo ele, foi ofuscado pela recepção negativa da imprensa.
“A imprensa simplesmente crucificou Madame Teia. Não era um filme ruim, mas os críticos o destruíram”, afirmou o executivo, sugerindo que há uma resistência desproporcional às produções do estúdio.
Fim das produções derivadas?
Diante dos resultados negativos, Vinciquerra admitiu que a Sony está reconsiderando sua estratégia para projetos derivados do universo do Homem-Aranha. “Acho que precisamos reavaliar, porque está amaldiçoado. Se lançarmos outro, ele será destruído, não importa se é bom ou ruim”, afirmou.
Com o fracasso de Kraven: O Caçador, a Sony enfrenta um momento de reflexão sobre a viabilidade de explorar personagens secundários do universo do Homem-Aranha, enquanto busca reconstruir sua reputação no competitivo mercado cinematográfico.