A fibromialgia é uma doença reumática que afeta pessoas de todas as idades, embora seja mais comum em mulheres, especialmente na faixa dos 40 anos. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), cerca de 3% da população brasileira sofre da condição.
Entre os pacientes, de 7 a 9 em cada 10 são mulheres, mas a síndrome também pode atingir homens, idosos, adolescentes e até crianças. A doença é caracterizada por dor generalizada, principalmente nos músculos e tendões, e é frequentemente acompanhada de sintomas como fadiga intensa, distúrbios do sono, problemas de memória, ansiedade e depressão.
Causas da fibromialgia
O reumatologista Eduardo Pochmann explica, ao portal GAZ, que ainda não há uma causa definida para a fibromialgia, mas ela está relacionada a fatores psicossociais, como relações interpessoais e condições de trabalho, que afetam a saúde física e mental. “A doença não provoca alterações em exames laboratoriais ou de imagem”, diz o médico, ressaltando que, por isso, o diagnóstico é geralmente demorado.
O diagnóstico é clínico, baseado no histórico e sintomas, como dor generalizada por mais de três meses e pontos específicos de dor. No entanto, esse método tem sido criticado por resultar em diagnósticos mais comuns em mulheres e por não avaliar aspectos importantes, como alterações no sono e fadiga.
Tratamento e conscientização
A fibromialgia pode causar perda de força nas mãos, dor de cabeça, esquecimento, tontura, zumbidos e alterações de humor. Embora não tenha cura, o tratamento foca no controle dos sintomas e na melhoria da qualidade de vida, com medicamentos como opióides, antidepressivos e canabidiol. Pochmann destaca a importância de atividades físicas regulares e psicoterapia, pois as emoções influenciam significativamente o curso da doença.
Em termos de apoio legal, a Lei 14.233/2021, sancionada no Brasil, institui 12 de maio como o Dia Nacional de Conscientização e Enfrentamento da Fibromialgia. Além disso, o Projeto de Lei nº 3.010/2019 está tramitando na Câmara dos Deputados para estabelecer uma Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Fibromialgia, que garante atendimento multidisciplinar, disseminação de informações sobre a doença e capacitação de profissionais especializados.