Em aparição ao TED Intersections, a neurocientista Wendy Suzuki aponta que uma das maneiras mais simples e eficazes de manter o cérebro em boa forma é por meio de uma caminhada de 10 minutos. Ela descreve esse breve exercício como um “banho de substâncias neuroquímicas”, que proporciona um impulso rápido à saúde do cérebro.
De acordo com Suzuki, essa prática oferece benefícios imediatos, como a redução da ansiedade e da depressão, além de estimular a liberação de neuroquímicos essenciais, como dopamina e serotonina, que são vitais para o funcionamento cerebral.
Efeitos da caminhada
A prática regular de caminhada oferece benefícios duradouros para a saúde mental, pois, além de promover a liberação de neurotransmissores benéficos, também favorece a criação de novos neurônios, especialmente no hipocampo, região cerebral associada à memória e aprendizado. Dessa forma, caminhar se torna uma forma simples e eficaz de aprimorar a função cognitiva.
Até mesmo para quem nunca se dedicou a atividades físicas de forma contínua, a caminhada oferece uma forma simples de começar a cuidar da saúde cerebral. Pesquisas indicam que pessoas que caminham com regularidade têm 17% menos probabilidade de desenvolver demência.
Estimulo ao cérebro
De acordo com o neurologista Raphael Spera, em entrevista ao portal Drauzio Varella, manter o cérebro estimulado é crucial para a prevenção de doenças neurodegenerativas. Além das caminhadas, há diversas outras maneiras de ativar o cérebro, como:
- Alimentação saudável: Nutrientes essenciais, como ômega 3 e antioxidantes, são fundamentais para melhorar a função cerebral.
- Exercícios físicos: Aumentam o fluxo sanguíneo para o cérebro e melhoram a memória e concentração.
- Sono consistente: Dormir de 7 a 8 horas por noite permite que o cérebro se renove, favorecendo o aprendizado.
- Jogos e atividades manuais: Atividades como sudoku e quebra-cabeça desafiam e estimulam diferentes áreas cognitivas.
- Leitura: Melhora a concentração e a criatividade, além de aumentar a capacidade de compreensão e interpretação.
- Interação social: Evitar o isolamento social é crucial para manter a saúde cognitiva, especialmente em idosos.
- Aprendizado contínuo: Estimula a neuroplasticidade, essencial para a manutenção e melhoria das habilidades cognitivas.