A pesquisa “ROI na Inovação – Benchmark Report 2025“, realizada pela Match IT com apoio da ABES, Hotmilk, NR7 e Octua, analisou o panorama da inovação no Brasil e apontou que a maturidade média das empresas nesse setor permanece baixa, alcançando 2,7 em uma escala de 1 a 5.
Embora 88% das organizações contem com equipes voltadas para inovação ou pesquisa e desenvolvimento (P&D), apenas 27% possuem uma estrutura centralizada para coordenar e acompanhar os resultados dessas iniciativas.
Retorno de inovações
- Dificuldades na medição do impacto financeiro: 30% das empresas não possuem mecanismos estruturados para mensurar resultados. 52% começaram a avaliar o retorno sobre investimento (ROI) apenas nos últimos dois anos. Entre as empresas que monitoram o ROI, mais da metade obtém um retorno superior a 30% em menos de dois anos.
- Principais métricas utilizadas para medir o ROI: Economia de custos e horas trabalhadas (48%). Payback do investimento (30%). Indicadores financeiros tradicionais, como Valor Presente Líquido (VPL) e Taxa Interna de Retorno (TIR) (25%).
- Expectativas e desafios no retorno do investimento: 66% das empresas esperam retorno dos investimentos em inovação no curto prazo. 57% das empresas ainda utilizam métodos tradicionais, como planilhas e apresentações, para monitorar seus avanços.
- Principais obstáculos enfrentados: Dificuldade de equilibrar custo-benefício em projetos de longo prazo (41%).Falta de modelos financeiros adequados para iniciativas inovadoras (26%).Resistência cultural interna, que pressiona por resultados imediatos (25%).
Engajamento das empresas
A adoção da inovação aberta, baseada na colaboração com startups e institutos de pesquisa, está presente em 43% das empresas. No entanto, apenas 36% investem em inovações disruptivas, e a inovação social, focada em ESG e impacto ambiental, é aplicada por somente 25% das companhias.
Apesar desses desafios, o cenário aponta para um crescimento nos investimentos no setor. O estudo revela que 61% das empresas pretendem ampliar seus aportes em inovação ao longo de 2025, impulsionadas pelo avanço de tecnologias emergentes, como inteligência artificial, 5G e blockchain, além da evolução no comportamento dos consumidores e do contexto macroeconômico.