Em recente entrevista concedida à emissora norte-americana Fox News, o bilionário Elon Musk — fundador da SpaceX, proprietário da rede social X (antigo Twitter), CEO da Tesla e figura de influência no círculo político de Donald Trump — lançou uma declaração alarmante: segundo ele, o planeta Terra está condenado à destruição pelo Sol.
A fala causou alvoroço entre apoiadores e críticos, tanto pelo teor catastrófico quanto pelo contexto político em que foi feita, já que Musk atualmente integra o governo do presidente Trump, figura central no comando do poder nos Estados Unidos.
Elon Musk diz que o planeta Terra será destruída pelo Sol
Durante a entrevista, Elon Musk afirmou que o Sol, em seu processo natural de envelhecimento, irá se expandir até o ponto de tornar a Terra inabitável.
“No fim das contas, toda a vida na Terra será eliminada pelo Sol”, disse, em referência à futura transformação da estrela em uma gigante vermelha. Musk não forneceu detalhes técnicos nem embasamento científico durante a conversa.
Para ele, a única saída possível seria antecipar a colonização de Marte — um planeta que, segundo o bilionário, estaria fora da rota direta de destruição solar e poderia servir como refúgio para a continuidade da espécie humana.
Sua proposta envolve diretamente o uso das naves Starship, em desenvolvimento pela SpaceX. Esses veículos espaciais, reutilizáveis e projetados para viagens interplanetárias, seriam os meios de transporte para estabelecer uma presença humana permanente em Marte.
Elon Musk argumenta que os primeiros passos rumo a essa colonização devem ser dados imediatamente e defende que o governo norte-americano invista pesadamente no projeto.
Donald Trump, alinhado a esse discurso, já prometeu destinar cerca de US$ 6 bilhões em financiamento para impulsionar pesquisas e missões espaciais com foco no Planeta Vermelho.
Elon Musk destorce estudo da Nasa sobre expansão do sol
Contudo, embora o discurso de Elon Musk soe urgente, os dados científicos não corroboram com esse senso de pressa.
A NASA, base para a afirmação do empresário, de fato aponta que o Sol deve passar por uma fase de expansão extrema. Porém, esse fenômeno não deve ocorrer em centenas de anos, mas sim em um prazo estimado de cinco bilhões de anos.
Isso coloca em perspectiva a distância entre a previsão científica e o tom de urgência adotado por Musk. Além disso, há um aspecto técnico que levanta questionamentos sobre a viabilidade de Marte como refúgio.
O planeta vermelho está, na verdade, mais próximo do Sol do que a Terra. Ou seja, caso o astro venha a atingir níveis extremos de expansão, Marte também poderá ser afetado, invalidando a premissa de segurança defendida por Musk.
Críticos argumentam que Musk tem se valido de narrativas exageradas, como essa em que diz que o planeta será destruído em 450 anos, para atrair investimentos governamentais e impulsionar suas próprias empresas com dinheiro público.
A suposta ameaça existencial seria, segundo analistas, uma ferramenta para garantir recursos e justificar projetos que também beneficiam diretamente os negócios do bilionário.