A introdução da inteligência artificial (IA) no sistema de buscas, especialmente por meio do Gemini, está mudando a forma como os usuários encontram informações no Google. Agora, ao realizar uma pesquisa, o primeiro resultado exibido frequentemente é gerado pela IA, oferecendo respostas elaboradas em vez de apenas links para páginas externas.
Embora essa mudança possa parecer um desafio para sites que dependem de tráfego orgânico, um estudo recente da Adobe aponta que o impacto tem sido positivo, especialmente para sites de varejo. O levantamento mostrou que a IA tem contribuído para um aumento significativo no fluxo de acessos, sugerindo que essa nova abordagem pode beneficiar tanto empresas quanto consumidores.
Mudanças no jeito de pesquisa
O estudo, que analisou mais de um trilhão de visitas a sites nos Estados Unidos, apontou um crescimento expressivo no tráfego gerado por referências da IA. No final de 2024, esses acessos aumentaram 1.300%, com um salto ainda maior de 1.950% durante a Cyber Monday. Além disso, os usuários que chegam a sites por meio da IA costumam passar mais tempo navegando, explorar mais páginas e sair menos rapidamente.
A pesquisa também revelou que 39% dos entrevistados utilizam IA para compras online, 55% para pesquisas gerais e 47% para buscar recomendações de produtos. Esse avanço está diretamente ligado à evolução das ferramentas de inteligência artificial, que passaram a oferecer respostas mais personalizadas e reduzir a presença de anúncios indesejados, tornando a experiência de busca mais eficiente.
Liderança do Google
Além do Google, outras empresas também estão investindo em IA para otimizar pesquisas. A OpenAI, por exemplo, lançou o Deep Research, enquanto a Perplexity aposta em um chatbot focado nesse tipo de serviço. Apesar das inovações, essas ferramentas ainda enfrentam desafios, como a possibilidade de exibir informações imprecisas e até mesmo questões relacionadas a plágio.
A interface intuitiva, a confiabilidade das respostas e a constante atualização das informações fazem com que milhões de usuários ainda prefiram a pesquisa tradicional do Google. Embora a transição para um modelo impulsionado pela inteligência artificial seja inevitável, essa mudança deve ocorrer de forma gradual, à medida que a tecnologia se aprimora e conquista a confiança dos internautas.