O tema sobre se os concursos eram mais fáceis antigamente é, sem dúvida, algo que sempre gera debates entre os concurseiros e aqueles que já passaram por diversas provas ao longo dos anos.
Recentemente, no canal de Gerson Araújo no YouTube, o próprio comentarista abordou esse tema, provocando a reflexão sobre como as provas mudaram ao longo do tempo. Ao afirmar que, sim, as provas eram mais fáceis no passado, Gerson traz uma análise interessante sobre os diferentes aspectos das provas, os materiais disponíveis e as mudanças nas exigências dos concursos.
Simplicidade das provas antigas
No passado, as provas de concursos eram mais simples e diretas. As questões eram, em sua grande maioria, curtas e objetivas, com uma linguagem mais simples. O foco principal estava em testar o conhecimento básico dos candidatos, sem entrar em detalhes ou exigir raciocínios mais complexos.
Gerson Araújo destaca que, ao comparar uma prova de hoje com uma de antigamente, a diferença na complexidade é nítida. As questões de décadas passadas eram mais voltadas para o essencial, com menos etapas para resolver e menos variáveis envolvidas.
Outro ponto relevante é que, antigamente, o conteúdo cobrado nos concursos era mais restrito. Os temas eram limitados, o que facilitava a preparação do candidato, já que havia menos material para estudar. Isso permitia que os concurseiros se concentrassem em um número reduzido de temas e pudessem se preparar de maneira mais direcionada.
Mudança na estrutura das provas
Se, por um lado, as provas antigamente eram mais diretas, por outro, as provas atuais tendem a ser muito mais longas e exigem maior capacidade de interpretação. Gerson afirma que a tendência das provas modernas é de aumentar a complexidade das questões.
Elas exigem não apenas o conhecimento técnico, mas também uma capacidade analítica de interpretar e desenvolver uma resposta. O aumento de textos nas questões também é um fator que torna a prova mais desafiadora, já que o candidato precisa ser capaz de compreender e refletir sobre grandes volumes de informações em um tempo reduzido.
Além disso, as questões modernas não se limitam a simples respostas diretas. Elas costumam exigir um nível de detalhamento e a aplicação de conhecimentos em contextos mais amplos. As provas de hoje cobram mais habilidades cognitivas, como raciocínio lógico, capacidade de análise crítica, e a compreensão de temas interligados, o que eleva a complexidade do exame.
Difícil acesso ao conhecimento
Nos anos passados, o acesso aos materiais de estudo era limitado e o concurseiro tinha que se virar com o que estivesse disponível. Livros especializados eram caros e difíceis de encontrar, e a maioria das aulas acontecia presencialmente, o que nem todos podiam acessar.
Em muitos casos, as pessoas precisavam se mudar para outros estados para ter acesso a cursos e professores de qualidade, o que representava um grande desafio para aqueles que buscavam passar em um concurso. Gerson aponta que, nesse contexto, a preparação exigia muito mais esforço, dedicação e recursos financeiros.
Revolução da tecnologia
Hoje, a realidade é completamente diferente. A expansão da internet, o crescimento das plataformas de ensino online, e o surgimento de canais no YouTube, como o de Gerson Araújo, facilitaram o acesso ao conhecimento de forma extraordinária.
Os concurseiros podem estudar em qualquer lugar e a qualquer hora, assistindo a aulas de qualidade e tendo acesso a uma infinidade de materiais de estudo gratuitos e pagos.
O uso da tecnologia permitiu que os candidatos tivessem à disposição simulados, fóruns de discussão, aulas interativas e até mesmo acompanhamento de performance. Isso fez com que o aprendizado se tornasse mais dinâmico e personalizado, permitindo que o concurseiro se adaptasse de acordo com suas dificuldades e avanços.
A troca de experiências entre candidatos de diferentes partes do Brasil também se tornou mais fácil e rápida, criando uma rede de apoio virtual que não existia antes.
Com o aumento da quantidade e da qualidade do material disponível, os candidatos de hoje estão mais preparados. Eles têm acesso a cursos especializados e a uma enorme quantidade de conteúdo revisado constantemente, o que os coloca em um nível de preparação muito mais alto em comparação com os concurseiros do passado.
No entanto, a competição também aumentou, já que o número de pessoas que se prepara para concursos cresceu consideravelmente, tornando os processos seletivos mais disputados.
Trocadilho nas redes sociais
Recentemente, viralizou na rede X duas questões do vestibular da Fuvest de 1978, comparando que, nos dias de hoje, era uma pergunta óbvia à se responder, já que os vestibulares atuais são muito mais complexos e difíceis.
A verdade é que cada época tem suas vantagens e desvantagens, mas uma coisa é certa: a preparação para concursos sempre exigiu muita dedicação e foco, seja no passado ou no presente.