O cavalo mais caro do mundo não está nos Estados Unidos nem na Europa — está no Brasil.
Avaliado em R$ 160 milhões, o garanhão Gênesis 66 chamou atenção ao ser negociado por esse valor impressionante, o equivalente ao preço de cerca de 40 unidades do Ferrari Roma Spider, cada uma avaliada em torno de R$ 4 milhões.
A transação aconteceu durante um leilão realizado em um hotel de luxo em São Paulo, reunindo investidores, criadores e entusiastas do setor equestre de vários países.
Cavalo mais caro do mundo custa 40 Ferraris (e ele é brasileiro)
Gênesis 66 pertence à raça Quarto de Milha, uma das mais prestigiadas no mundo quando se trata de desempenho em provas esportivas como Rédeas, Três Tambores e Vaquejada.
Reconhecida por sua versatilidade e explosão em curtas distâncias, a raça de cavalos é altamente valorizada em competições e na reprodução.
O cavalo foi importado dos Estados Unidos pelo Grupo Monte Sião, com sede em Porto Nacional (TO).
Originalmente registrado como Inferno Sixty Six, teve seu nome alterado para Gênesis 66 por decisão dos novos proprietários, que são evangélicos e optaram por uma referência bíblica.
A linhagem do animal é um dos pontos que mais pesa no valor: filho de Gunnatrashya, campeão do NRHA Open Futurity, e de Snip O Gun, uma das principais matrizes da modalidade de rédeas.
Além de sua genética, o desempenho reprodutivo também justifica o valor astronômico. Gênesis 66 já soma mais de mil descendentes e é o mais jovem da raça Quarto de Milha a atingir US$ 3 milhões em ganhos como reprodutor nos Estados Unidos. Hoje, esse número já ultrapassa US$ 3,4 milhões.
Cavalo vendido por 50 parcelas de mais de R$ 1,5 milhão
No leilão promovido pelo Haras Monte Sião, 50% dos direitos sobre o cavalo foram vendidos por R$ 80 milhões, em 50 parcelas de R$ 1,6 milhão. O comprador foi o criador Wilson Ramalho, do Rio Grande do Norte.
O evento movimentou um total de R$ 174 milhões, se tornando o maior leilão da história do mercado equestre brasileiro.
Com essa negociação histórica, o Brasil se consolida como uma potência no setor de genética e reprodução equina, atraindo investidores e consolidando a raça Quarto de Milha como um ativo de alto valor no agronegócio nacional.