A diástase abdominal é uma alteração comum em mulheres após a gravidez e se manifesta pela separação dos músculos retos do abdômen. Esse afastamento é causado pelo alongamento da linha alba — uma faixa de tecido fibroso que conecta esses músculos — em razão da pressão provocada pelo crescimento do útero durante a gestação. Apesar de estar relacionada ao período pós-gestacional, essa condição não tem relação direta com o tipo de parto, seja ele natural ou cesariano.
A diástase pode surgir mesmo em mulheres com peso considerado saudável. Fatores como herança genética, idade da gestante, quantidade de gestações anteriores e características físicas individuais desempenham um papel importante no surgimento da condição.
Diástase abdominal
Durante a gravidez, é natural que as camadas do abdômen — tanto a pele quanto os músculos — se estiquem para acomodar o crescimento do bebê. No entanto, em algumas mulheres, essa separação muscular persiste mesmo após o nascimento da criança.
Os sinais mais frequentes incluem uma saliência visível na barriga, que se destaca principalmente ao fazer esforço físico, como levantar-se da cama ou tossir. Outros sintomas podem envolver desconforto abdominal, dores nas costas, fraqueza na musculatura do core e episódios de incontinência urinária.
Mais do que uma questão estética, a diástase abdominal pode impactar a saúde funcional da mulher. Em situações mais acentuadas, essa condição interfere na postura corporal, reduz a estabilidade da coluna lombar e provoca perda de força nos músculos centrais, o que compromete diretamente a qualidade de vida e o bem-estar geral.

Prevenção e tratamento
A prevenção da diástase abdominal envolve a prática de exercícios direcionados, como os realizados no Pilates e na fisioterapia pélvica, que ajudam a fortalecer o abdômen e o assoalho pélvico. Controlar o ganho de peso durante a gestação também é uma medida importante para minimizar os riscos da condição.
O diagnóstico é realizado por meio de exame físico, podendo ser complementado com ultrassonografia em alguns casos. Nos quadros mais leves, a fisioterapia é o tratamento indicado. Para casos mais graves, com sintomas persistentes ou presença de hérnia, a cirurgia pode ser necessária. A abdominoplastia tradicional, assim como técnicas mais recentes, como a HD RAFT, oferecem reconstrução da parede abdominal e recuperação funcional da região afetada.