No mundo atual, a internet não é mais um luxo — é uma necessidade. Do trabalho remoto às aulas online, da busca por serviços públicos digitais ao lazer com streaming e redes sociais, estar conectado é essencial.
E o brasileiro, conhecido por sua intensa presença nas redes sociais e hábitos de consumo digital, está entre os povos que mais utilizam a internet em todo o mundo. No entanto, uma transformação silenciosa está em curso: a forma como essa conexão chega às casas começa a mudar.
O modelo tradicional de internet por fibra ótica, considerado até pouco tempo o mais avançado, começa a perder terreno para uma tecnologia que parecia futurista, mas já é realidade em diversas regiões do Brasil.
Brasileiros não vão ter mais internet por fibra ótica
A nova protagonista dessa mudança é a internet via satélite de baixa órbita, oferecida no Brasil por empresas como a Starlink, braço da SpaceX.
Ao invés de depender de uma rede terrestre de cabos e infraestrutura física, essa tecnologia se apoia em uma constelação de satélites posicionados mais próximos da Terra do que os satélites tradicionais.
Com isso, consegue entregar velocidades altas e uma latência reduzida — características fundamentais para uma boa experiência online — mesmo em locais onde antes era impossível ter uma conexão estável.
O avanço da Starlink no território brasileiro tem sido mais visível em áreas rurais e remotas, onde a instalação de cabos de fibra é economicamente inviável ou tecnicamente complexa.
Nessas regiões, a internet via satélite se apresenta não apenas como uma alternativa, mas como a única solução realista para garantir acesso digital.
Além disso, o modelo de instalação autônoma reduz a dependência de técnicos ou obras, tornando o processo mais acessível para o usuário final, mesmo que o equipamento inicial represente um custo considerável.
Internet via satélite da Starlink chega em regiões remotas
Esse novo modelo também se destaca pela abrangência. Enquanto a fibra ótica ainda enfrenta limitações geográficas, o sinal de satélite pode cobrir vastas extensões do território, levando conectividade a locais antes completamente isolados.
Com o aumento da demanda e a evolução da tecnologia, os preços tendem a cair, tornando essa alternativa cada vez mais competitiva.
Assim, embora a fibra ótica ainda seja uma excelente opção nos grandes centros urbanos, sua exclusividade está chegando ao fim.
O Brasil está prestes a ver uma reconfiguração completa na maneira como a internet é distribuída — e, dessa vez, os cabos podem não ser mais necessários.