A Apple emitiu recentemente um alerta global de segurança para usuários de iPhone, chamando atenção para a atuação de um spyware sofisticado direcionado a alvos estratégicos em mais de 100 países.
Segundo a empresa, os ataques são altamente direcionados, caros e de difícil detecção, um indicativo de que não se trata de uma ameaça comum, mas sim de uma vigilância digital de alto nível.
A notificação da Apple foi exibida aos usuários de forma direta, através da conta Apple, e-mail e iMessage. A empresa afirmou ter “alta confiança” na legitimidade dos alertas, ainda que não tenha revelado a origem exata dos ataques.
Casos como os dos jornalistas Ciro Pellegrino (Itália) e Eva Vlaardingerbroek (Holanda), que divulgaram publicamente os alertas recebidos, sugerem que o objetivo possa ser intimidar ou silenciar vozes críticas.
Spyware em iPhone
O uso de spyware como o Pegasus, desenvolvido pela controversa empresa NSO Group, tem sido associado à espionagem contra jornalistas, ativistas e figuras políticas em diferentes partes do mundo. O Pegasus é capaz de acessar remotamente dados sensíveis sem que o usuário perceba qualquer atividade suspeita, o que aumenta a gravidade da situação.
É importante mencionar que o spyware atua de forma silenciosa. Ele se infiltra por meio de links maliciosos, vulnerabilidades em sistemas ou e-mails de phishing. Uma vez instalado, consegue registrar tudo: desde pressionamentos de teclas até a localização do dispositivo. Com isso, dados pessoais e bancários são coletados e enviados a servidores remotos, sem consentimento do usuário.
Outro detalhe importante é que a Apple recomenda uma série de medidas para reforçar a segurança dos dispositivos, entre elas:
Atualizar o iOS para a versão mais recente;
Ativar a autenticação de dois fatores;
Utilizar senhas fortes e únicas;
Evitar redes Wi-Fi públicas não protegidas;
Ativar o Modo Isolado, voltado para pessoas sob alto risco de ataque digital.
Como prevenir infecções por spyware
Dessa forma, torna-se essencial adotar boas práticas de cibersegurança. Vale mencionar que o uso de softwares antivírus e anti-spyware, embora menos comum em iPhones, pode auxiliar em uma proteção complementar. Além disso, é fundamental manter o sistema operacional atualizado, não clicar em links desconhecidos e utilizar bloqueadores de anúncios.
Sendo assim, embora a maioria dos usuários não seja alvo de spyware mercenário, o alerta serve como um chamado para reforçar a atenção com a segurança digital. Em tempos de exposição constante, cuidar da privacidade é mais do que uma escolha: é uma necessidade.