O Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA confirmou que um asteroide recém-descoberto, batizado de 2025 KF, fez uma aproximação histórica da Terra na tarde desta quarta-feira (21). A rocha espacial, com aproximadamente 16 metros de diâmetro, o equivalente a um prédio de quatro andares, chegou a apenas 30% da distância que separa a Terra da Lua.
De acordo com dados oficiais, o ponto de maior aproximação ocorreu por volta das 14h30 (horário de Brasília), quando o asteroide passou a cerca de 115 mil quilômetros do polo sul terrestre, cruzando o espaço a uma velocidade impressionante de 41.650 km/h.
Descoberta recente e sem riscos para a Terra
Vale mencionar que o asteroide foi detectado poucos dias antes da passagem, na segunda-feira (19), por astrônomos do projeto Minor Planet Center (MPC), que opera no deserto do Atacama, no Chile. Isso demonstra a eficiência dos sistemas internacionais de rastreamento de objetos próximos da Terra, conhecidos como NEOs (Near-Earth Objects).
Apesar da curta distância em termos astronômicos, o 2025 KF não representava qualquer risco para o planeta. Isso porque, além de ser relativamente pequeno, sua trajetória estava bem calculada e fora de rota de colisão. Mesmo que entrasse na atmosfera, seria completamente desintegrado antes de causar qualquer dano.
Outro detalhe importante é que, para ser considerado uma ameaça real, um asteroide precisa ter, no mínimo, 150 metros de diâmetro — quase dez vezes maior que o 2025 KF. Sendo assim, o episódio reforça mais uma vez a importância da vigilância espacial, mas sem gerar pânico.
Como monitorar um asteroide em tempo real
É importante mencionar que qualquer pessoa pode acompanhar a movimentação de asteroides próximos à Terra por meio do painel de monitoramento da NASA. A plataforma oferece uma visualização interativa que permite rastrear a localização de milhares de objetos espaciais, além de listar as próximas aproximações ao nosso planeta.
Dessa forma, o painel, que utiliza dados do Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra (CNEOS), fornece informações precisas sobre órbitas, velocidades e distâncias, apoiando também as atividades do Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da NASA.
Com isso, a agência espacial norte-americana já catalogou mais de 40 mil asteroides próximos à Terra desde 1998, sendo que aproximadamente 4.700 são considerados potencialmente perigosos. Entretanto, nenhum deles apresenta risco de impacto nos próximos 100 anos.