Na última quinta-feira (23), os céus de Porto Alegre, região metropolitana, interior do Rio Grande do Sul e até partes do Uruguai foram palco de um espetáculo raro e impressionante: o arco circun-horizontal, popularmente chamado de “arco-íris de fogo”.
A comunicação óptica chamou a atenção dos moradores e rendeu imagens impressionantes nas redes sociais, sendo registrada em várias cidades como Canoas, Cachoeirinha, Sapiranga e até mesmo em Porto Alegre.
O que são as nuvens iridescentes?
Desde o início do dia, nuvens altas do tipo Cirrus ficaram visíveis sobre o Rio Grande do Sul. Essas nuvens, compostas por cristais de gelo, são a chave para a formação de especificidades ópticas raras, como a iridescência.
A iridescência ocorre quando as gotículas ou cristais das nuvens têm tamanhos semelhantes, permitindo a difusão da luz solar. Essa faz interação com que as nuvens brilham em toneladas variadas, como em uma bolha de sabão ou uma mancha de óleo.
Características principais:
- Manchas ou faixas coloridas.
- Mudanças nas cores à medida que a nuvem evolui.
- Geralmente observados em nuvens Altocumulus, Cirrocumulus ou Cirrus.
A palavra “iridescência” derivada de Íris, a deusa grega do arco-íris.
Fenômeno do Arco Circum-Horizontal
O “arco-íris de fogo” é, na verdade, um tipo raro de halo pertencente à família dos halos de gelo. Diferente dos arco-íris tradicionais formados pela refração da luz em gotas de chuva, esta ocorrência ocorre devido à refração da luz solar em cristais de gelo hexagonais encontrados nas nuvens Cirrus.
Como se forma?
- A luz entra pela face lateral do cristal e sai pela base inferior.
- Isso resulta em uma faixa colorida paralelamente ao horizonte.
- Para que ele se forme, o Sol precisa estar a mais de 57,8 graus acima do horizonte.
Por que é raro?
- Não ocorre em latitudes acima de 55°, onde o Sol não atinge a altura necessária.
- Depende da combinação de cristais de gelo específicos e da posição solar.
Por que é chamado de “Arco-Íris de Fogo”?
O termo, embora inadequado, surgiu em 2006 e é usado popularmente devido à aparência da aparência. As finas nuvens e coloridas lembram chamas iluminando o céu.
Não é fogo nem arco-íris :
- Apesar do nome, não tem relação com incêndios.
- Também não é um arco-íris tradicional, mas um efeito de refração em cristais de gelo.
Cidades e registros do fenômeno
Moradores de várias cidades do Rio Grande do Sul registraram o espetáculo:
- Porto Alegre: Imagens impressionantes foram capturadas por Juliano Schuler.
- Canoas: Márcia Henning e Carla Luciana registraram as preferências.
- Sapiranga: João Luiz Cecatto coincide com suas fotos.
- Cachoeirinha: Everton da Trindade registrou cores intensas no céu.
Esses registros ajudaram a documentar um evento que, apesar de raro, fascina tanto cientistas quanto leigos.
Um evento raro que, por um breve momento, conectou ciência e admiração nos olhos de quem poderia presenciá-lo.