Com o envelhecimento, a audição costuma piorar, e cerca de metade dos casos está ligada a fatores genéticos fora do nosso controle. No entanto, a exposição frequente a sons altos — como shows, fones de ouvido em volume elevado, fogos de artifício ou ruídos no trabalho — pode acelerar esse processo.
Para preservar a saúde auditiva, é importante realizar exames regulares, especialmente após os 50 anos. A OMS recomenda testes a cada cinco anos até os 64, e depois com intervalos menores, entre um e três anos. Em situações de perda auditiva súbita, procurar ajuda médica imediata é essencial para aumentar as chances de recuperação.
Riscos do volume alto
A exposição prolongada a sons acima de 85 decibéis — como o ruído de ferramentas elétricas — pode danificar células do ouvido interno que transmitem o som ao cérebro. Como essas células não se regeneram, a perda auditiva costuma ser permanente. Embora sons muito altos, mesmo que ouvidos uma única vez, possam causar danos irreversíveis, a maioria dos casos resulta da exposição contínua ao longo dos anos.
Fique atento: se for preciso gritar para conversar com alguém próximo, o ambiente está barulhento demais e pode afetar sua audição. Muitos celulares e relógios já alertam quando o nível de ruído está elevado. Nessas situações, o uso de protetores auriculares é uma forma eficaz de proteção, sem a necessidade de evitar lugares ruidosos.
Cotonete e perda auditiva
É importante evitar o uso de cotonetes para limpar o canal auditivo, pois a cera é eliminada naturalmente com a renovação das células da pele que saem do ouvido. O uso de cotonetes pode empurrar a cera para dentro, provocar acúmulo, perfurar o tímpano ou até danificar estruturas delicadas do ouvido.
Para higienizar, o recomendado é limpar apenas a parte externa da orelha com um pano úmido. Caso haja excesso de cera, o uso de gotas amolecedoras e a lavagem com água morna usando uma seringa de borracha podem ser indicados.