O crime envolveu o desvio de R$ 116 mil em um supermercado na cidade de Bom Jardim de Minas, localizado na Zona da Mata, chocou a comunidade local.
Uma funcionária da loja foi acusada de cancelar 239 cupons de compras ao longo de aproximadamente um ano, utilizando de forma ilícita cartões de cancelamento para se apoderar do valor das transações. O caso foi descoberto no dia 8 de março de 2025 e, em poucos dias, teve grande repercussão no comércio da cidade.
O crime e o desvio de R$ 116 mil
O caso se refere ao desvio de R$ 116 mil, que foi subtraído ao longo de aproximadamente um ano. A funcionária envolvida no crime, de 25 anos, trabalhava na caixa do supermercado e utilizava uma técnica de cancelamento de cupons para realizar os desvios.
Ao se permitir cartões de cancelamento pertencentes aos gerentes, ela passava pelas compras dos clientes e, em seguida, cancelava as transações, retendo o dinheiro. Esse tipo de fraude é particularmente difícil de detectar, uma vez que os registros de cancelamento podem ser manipulados de forma a parecerem legítimos.
Descoberta do crime e prisão da suspeita
A descoberta do desvio aconteceu no último sábado, 8 de março, quando a gerência do supermercado não localizou o comprovante de uma venda. Essa inconsistência levou à investigação interna, e, no dia 11 de março, a funcionária foi flagrada cancelando um cupom em mais uma tentativa de desvio.
A ação foi capturada por câmeras de monitoramento da loja, que forneceram provas irrefutáveis de fraude. No momento da prisão, ela foi flagrada com R$ 450, valor proveniente da compra que acabou de cancelar. Além disso, foi encontrado um cartão de liberação/cancelamento de compras, que ela usava para cometer os crimes.
Método utilizado para o desvio
A funcionária se aproveitou de um sistema de cancelamento de cupons no supermercado, onde os gerentes possuíam cartões que possibilitavam compras anulares realizadas por clientes.
Segundo o boletim de ocorrência, a acusada teria se apoderado desses cartões e, por cerca de um ano, agido de maneira a passar pelas transações dos clientes e, posteriormente, cancelar as compras. Isso permitiu que ela ficasse com o dinheiro correspondente, sem levantar suspeitas imediatas. O processo de cancelamento foi registrado no sistema, mas com a ajuda dos cartões de liberação das gerentes, a fraude passando despercebida por longo tempo.
Após ser presa em flagrante, a acusada confessou o crime à Polícia Militar, confirmando que agiu em sigilo durante todo o período em que desviou os valores. Embora a prisão tenha sido decretada em flagrante, a mulher foi liberada provisoriamente após uma audiência de custódia, o que gerou discussões sobre a severidade das punições em casos de fraudes corporativas.
A defesa da acusada, no entanto, optou por não se manifestar publicamente, o que deixou algumas questões sem resposta, como as razões que a levaram a cometer o crime.
Investigação em andamento
Com o telefone da funcionária apurada, a Polícia Civil agora investiga a possibilidade de outras pessoas estarem envolvidas sem desvio. Embora a mulher tenha afirmado que agiu sozinha, o fato de ela ter se apoderado de cartões de cancelamento dos gerentes levanta suspeitas de que outras pessoas poderiam ter dado suporte ao esquema.
A investigação ainda está em andamento, e o estabelecimento comercial também está colaborando com as autoridades para identificar possíveis falhas no controle interno que possam ter facilitado o desvio.